Resiliência como uma forma de existência/sobrevivência
de Mulheres Negras
Os estudos e discussões étnico- raciais no Brasil vêm adquirindo espaço e permitindo um olhar novo para a história da população negra revigorando o debate sobre sua condição social e efetiva participação na construção da cultura brasileira. Visando obter um panorama a respeito das produções científicas publicadas sobre feminismo negro e resiliência, apresentamos uma pesquisa realizada nas bases de dados Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Google Acadêmico, usando os descritores Feminismo negro, resiliência, Mulheres negras, superação, resistências e narrativas. Vislumbra-se enquanto objetivo dessa pesquisa, compreender o processo de resiliência nas histórias de vida de mulheres negras, a partir das estratégias utilizadas para o enfrentamento das situações vivenciadas como estigmatizantes, avaliando os recursos disponíveis, em âmbito social, cultural e/ou governamental), no contexto em que estão inseridas. Para tal será focalizadas a trajetória de duas mulheres negras (paulista e alagoana) que desempenharam/desempenham militância frente aos direitos de mulheres e sobre a discussão de pautas raciais no nosso país/ estado. Mulheres que têm firmado um caminho árduo frente a história de resistência da mulher negra a todas as formas de opressão, discriminação, violência de gênero, raça, classe, religião a que são submetidas ao longo de suas caminhadas. Os referenciais teórico-metodológico norteadores deste estudo, balizam-se nos pressupostos do movimento construcionista centralizado na linguagem e na configuração de uma coconstrução do conhecimento. É proposto métodos para a construção das informações, tais como, a análise de documentos de domínio público e análise das informações publicadas via redes sociais on-line.
Feminismo negro; Resiliência; Mulheres negras; Construcionismo Social; Psicologia.