Banca de DEFESA: DEBORA CRISTINA DA SILVA ALVES



Uma banca de DEFESA DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: DEBORA CRISTINA DA SILVA ALVES
DATA: 22/10/2020
HORA: 09:00
LOCAL: INSTITUTO DE PSICOLOGIA
TÍTULO:

A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS DE SER NEGRA/O: EXPERIÊNCIAS DE RACISMO NAS TRAJETÓRIAS DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO


RESUMO:

A escola se constitui um campo de extrema importância na tradução das diversas formas de organização social, o que torna possível afirmar que ela marca a história de vida de quem passa por ela. No entanto, pensando os processos de construção das relações étnico-raciais, é necessário compreender como a escola tem marcado as vidas de estudantes negras/os. Diante disso, no presente trabalho discutimos os sentidos de ser negra/o produzidos por estudantes a partir de suas experiências escolares. Tomamos como elemento central de análise para entender tais questões, o racismo institucional que se ancora no discurso da igualdade racial na educação, sendo reflexo de um acúmulo histórico de relações institucionais que se pautam nas esferas de dominação racista. Nos ancoramos em epistemologias feministas e antirracistas de autoras/res pós-coloniais e decoloniais, comprometidas/os com um fazer implicado, que se estabelece na dialogia entre aquela que escreve e as/os sujeitos da pesquisa. Construímos nosso percurso metodológico, com o auxílio  de técnicas de observação participante, diário de campo e entrevistas individuais; no intuito de analisar e compreender como as/os estudantes percebem a construção histórica e política das relações étnico-raciais no Brasil; como são abordados os temas relacionados às questões étnico-raciais; como a cultura escolar interage com as culturas juvenis no tocante a dimensão das relações étnico-raciais; qual a compreensão das/os estudantes acerca da luta por igualdade racial no campo da educação; e quais os movimentos de resistência no enfretamento ao racismo na escola. Assim, mediante a análise em uma perspectiva intersecional dos materiais provenientes dos diários de campo e dos áudios transcritos das entrevistas individuais, foi possível compreender que as experiências escolares das/os estudantes negras/os são atravessadas por histórias de racismo cotidiano que ganham legitimidade na escola e fora dela. Também foi possível compreender que mesmo com as políticas existentes que promulgam a educação para relações étnico-raciais, a escola ainda tem perpetuado através do racismo institucional, a não abordagem dos conteúdos de história africana e afro-brasileira de maneira efetiva, assim como tem invisibilizado a manifestação da cultura negra nos espaços escolares. Desse modo, sem a pretensão de esgotar as compreensões, mas também trazendo o meu olhar como pesquisadora negra na escola, firmamos compromisso com a luta antirracista na abrangência das falas e experiências trazidas. Se a escola, através de diversos mecanismos reais e simbólicos perpetra a manutenção das desigualdades raciais, ela se faz um importante local onde estas problemáticas podem ser superadas. Portanto, a perspectiva de estudantes negras/os, sobre seus processos de escolarização, se faz necessário para a difusão das políticas afirmativas existentes e promoção de políticas públicas em educação que visem reduzir os abismos raciais.


PALAVRAS-CHAVE:

Palavras-chave: a) Relações étnico-raciais; b) Racismo; c) Escola; d) Juventude. 


PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1646595 - MARCOS RIBEIRO MESQUITA
Interno(a) - 1137422 - ERIKA CECILIA SOARES OLIVEIRA
Externo(a) à Instituição - LIA VAINER SCHUCMAN - UFSC
Notícia cadastrada em: 26/09/2020 18:00
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