Banca de DEFESA: MARIA KAROLINE FERREIRA DOS SANTOS DUARTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA KAROLINE FERREIRA DOS SANTOS DUARTE
DATA : 26/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: video-conferência pelo Google Meet
TÍTULO:

Residências Multiprofissionais em Saúde no Brasil: uma análise em torno de controvérsias

PALAVRAS-CHAVES:

Residência Multiprofissional em Saúde, Psicologia, Educação Permanente em Saúde, Sistema Único de Saúde.

PÁGINAS: 150
RESUMO:

Esta dissertação aborda as controvérsias nos diálogos e debates sobre a Residência Multiprofissional em Saúde. Foram diversos caminhamos entre materiais distintos, em uma rede de vozes, experiências, lugares, saberes e práticas compartilhadas em torno de experiências junto as Residências Multiprofissionais, utilizando os fóruns, cartas, documentos diversos que constituem o cotidiano e o institucionalizado das Residências Multiprofissionais em Saúde. Produziu-se uma Roda de Conversa como estratégia para apontar as controvérsias existentes no cotidiano das práticas em programas de Residência Multiprofissional. Nessa caminhada, encontros com controvérsias e contradições nos modos de estar, de ser, de compreender o ator residente. Um ator que é narrado e narra sobre si mesmo de muitos modos, buscando uma identidade ao passo em que fabrica modos de estar no campo. Um movimento marcado por relações de poder, por desejos, interesses em constante disputa. Deslocado/deslocando-se constantemente, performando suas práticas de muitos modos. Qual lugar desse vale a pena ocupar? É preciso ocupar um só lugar? As controvérsias também se apresentaram para nós atreladas as funções de tutoria e preceptoria. O reconhecimento institucional desses sujeitos se apresentou dentro de um campo de forças que não só disputam a possibilidade de torná-lo algo factível, como também os modos de fazê-lo. As reivindicações e queixas presentes nas narrativas denunciam a precarização dessas funções e evidenciam que os modos de construir as práticas nos territórios das residências não estão sendo ouvidos. Na dimensão da formação, aquilo que é da ordem do instituinte, do que faz furos nos processos instituídos, disputa território de maneira constante com a lógica hegemônica, em uma disputa por vezes desleal, na medida em que se constituem como processos individuais. A tentativa parece ser a de não se deixar capturar por projetos de cuidado, ensino, gestão que se distanciem do diálogo com os princípios do SUS. Enquanto isso, as posições dos diferentes sujeitos se evidenciam para mostrar que os interesses em torno das Residências são diversos. Nesse sentido, o diálogo, o fortalecimento da formação em torno de um compromisso ético e político aparecem como demanda e a problematização do fazer cotidiano, sustentada pela Educação Permanente, se apresenta como uma estratégia possível.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LAURA CAMARGO MACRUZ FEUERWERKER - USP
Presidente - 1518410 - JEFFERSON DE SOUZA BERNARDES
Interna - 2180259 - MARIA AUXILIADORA TEIXEIRA RIBEIRO