Banca de QUALIFICAÇÃO: CRISTINA GENERINO DOS SANTOS LIMA ARAÚJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTINA GENERINO DOS SANTOS LIMA ARAÚJO
DATA : 31/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Pareceres por escrito
TÍTULO:

A “DEVOLUÇÃO” DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM PROCESSO DE ADOÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Adoção. Devolução. Psicologia. Crianças e Adolescentes


PÁGINAS: 64
RESUMO:

A “devolução” de crianças e adolescentes em processo de adoção no Brasil tem apontado a necessidade de pesquisas e problematizações sobre a temática, frente a um instituto construído para promover o melhor interesse da criança, considerando-a como sujeito de direito e pessoa em condição peculiar de desenvolvimento, mas que denuncia um sistema ainda frágil, deflagrado por casos de insucesso no perfilhamento, especialmente no que diz respeito à adoção de crianças maiores de dois anos, bem como adolescentes. Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo investigar os fatores relacionados à renúncia ao processo de filiação em casos de adoção, e consequente “devolução” da criança/adolescente durante o estágio de convivência. Para tanto, a metodologia de coleta de dados foi a análise documental, por meio da qual processos judiciais em que a adoção não foi bem-sucedida serão examinados. O locus da pesquisa é a vara da infância e juventude de um tribunal do
Nordeste. A priori, buscar-se-á a seleção de dez processos distintos, os quais passarão por um tratamento e serão transformados em casos, interpretados à luz da psicanálise de Donald Winnicott e sob o prisma da seguinte questão norteadora: Quais os fatores que contribuem para a “devolução” de crianças/adolescentes durante o estágio de convivência no processo de adoção? Até o presente momento, 7 (sete) casos foram coletados e estão em processo de análise. Algumas hipóteses sinalizam que esses requerentes à adoção, quando diante de uma “devolução”, sentem que não encontraram o filho idealizado; apresentam grande dificuldade em lidar com a história pregressa dos adotandos ou os culpam por “mau” comportamento. Ademais, a literatura acadêmica também aponta razões pelas quais alguns postulantes resolvem adotar, passando por um certo senso de “caridade” ou “altruísmo”, do qual, a criança “rebelde” torna-se indigna, promovendo sua “devolução”. Assinala também que pode haver uma sobrecarga dos técnicos do judiciário, os quais não conseguem trabalhar essas famílias de forma a habilitá-las com mais sensibilidade na escuta, a ponto de não apreenderem suas reais motivações para a adoção, bem como acompanhá-las nesse momento indispensável, que é o estágio de convivência. Logo, debruçar-se sobre esses documentos judiciais e analisá-los pode produzir estratégias de enfrentamento mais assertivas e subsidiar um novo olhar diante da problemática.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1121061 - ADELIA AUGUSTA SOUTO DE OLIVEIRA
Externa à Instituição - DORIAN MONICA ARPINI - UFSM
Presidente - 2206282 - PAULA ORCHIUCCI MIURA
Notícia cadastrada em: 11/03/2021 15:22
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