Banca de DEFESA: LEONITA CHAGAS DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONITA CHAGAS DE OLIVEIRA
DATA : 30/05/2022
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

Estresse e bem/mal-estar no contexto pandêmico: estudo com professores universitários


PALAVRAS-CHAVES:

Estresse; Professores Universitários; Pandemia; COVID-19.


PÁGINAS: 143
RESUMO:

A presente dissertação teve como objetivo geral analisar o estresse acadêmico e bem/mal-estar em professores universitários. Para tanto, foram elaborados três artigos. No Artigo I foi realizada uma revisão sistemática sobre instrumentos psicométricos utilizados para avaliação do estresse no contexto acadêmico entre 2010 e 2021, identificando a fidedignidade e validade de cada instrumento. Seguindo o método PRISMA, os resultados apontaram 106 estudos elegíveis, destes, foram identificados 26 instrumentos psicométricos. Pode-se concluir que, com exceção de um, todos os instrumentos mostraram evidências psicométricas aceitáveis dentro dos padrões analisados, além disso, foi possível notar a escassez de instrumentos psicométricos que avaliassem o estresse no âmbito da docência, tendo um campo de avaliação mais direcionado aos estudantes. O Artigo II, de caráter empírico e quantitativo, objetivou adaptar a Escala de Estresse Acadêmico (EEA-D) para o contexto docente, reunindo as suas propriedades psicométricas. Realizaram-se duas etapas. Na Etapa I participaram 210 docentes universitários com idade média de 42 anos (DP=9) de instituições públicas e privadas. Neste primeiro momento, os participantes responderam a versão preliminar da EEA-D e um questionário sociodemográfico. Os resultados indicaram uma estrutura unidimensional para a referida escala, apresentando índices de confiabilidade e de parâmetros de discriminação e dificuldade satisfatórios. Já na Etapa II, contou-se com a participação de 257 docentes universitários com idade média de 45,41 anos (DP=11,02). Neste momento foi aplicada a versão final da EEA-D juntamente com o questionário para caracterizar a amostra. Os principais resultados confirmaram o modelo estrutural da EEA-D em um único fator, podendo concluir que a versão EEA-D reúne boas evidências de validade de construto e de precisão, tornando-se útil para medir o estresse acadêmico em docentes universitários. Por fim, o Artigo III consiste em uma pesquisa mista (quanti-qualitativa), de corte transversal, de caráter descritivo e correlacional, cujo objetivo foi investigar os preditores e correlatos do estresse acadêmico e bem/mal estar em professores universitários durante a pandemia de COVID-19. Além disso, buscou-se identificar os principais aspectos estressores vivenciados pelos docentes e as estratégias de enfrentamento. Participaram desta pesquisa 257 docentes universitários com idade média de 45,41 anos (DP=11,02). Os participantes responderam ao questionário sociodemográfico e os seguintes instrumentos: Escala de Estresse Acadêmico versão para os docentes (EEA-D); Escala de Estresse Percebido (EEP); Escala de Medo da COVID-19 (EMC-19); Escala de ansiedade-traço e estado (IDATE T e E); Escala de Esperança Disposicional (EED) e a Escala de Satisfação com a Vida (ESCV). Dente os resultados apresentados, identificou-se “medo moderado” da COVID-19 (M= 20,36; DP= 6,06), grau médio de ansiedade-traço (M= 46,89; DP= 7,43) e alto grau de ansiedade-estado (M= 50,12; DP=6,53) na amostra estudada. Na EEA, os docentes apresentaram média de 42,79 (DP= 12,37), EEP média de 46,89 (DP= 7,43), ESCV média de 25,35 (DP= 6,43) e na EED a média de 46,27 (DP= 4,75), ambas com pontuações acima da mediana de suas respectivas escalas. Além disso, houve correlações positivas entre parentalidade com esperança disposicional (r= 0,137, p= 0,028) e satisfação com a vida (r= 0,247, p < 0,0001), isto é, docentes universitários que são mães/pais, têm maiores índices de satisfação com a vida e esperança. Em relação ao modelo de mediação, pode-se constatar que o estresse acadêmico está diretamente relacionado a maiores níveis de ansiedade β= 0,1886 (95%IC = 0,11 a 0,26). Na análise qualitativa, foi possível obter três classes do conteúdo de acordo com os discursos dos participantes, categorizados em “impacto da pandemia no âmbito acadêmico, familiar, financeiro e político” (39,72% UCEs) e “trabalho remoto emergencial” (35,51% UCEs) como desencadeador do estresse e a classe 3 organizou palavras que representam “estratégias de enfrentamento ao estresse” (24,77% UCEs). Neste sentido, assistir (filmes e séries), ter momentos de lazer e uma boa alimentação foram as estratégias mais utilizadas. Ressalta-se que os resultados de cada artigo traz uma discussão a partir do referencial teórico de forma individual. Posteriormente, foi realizada uma discussão geral acerca dos três artigos à luz da literatura existente sobre a temática. Estima-se que os objetivos propostos em cada artigo foram alcançados, permitindo conhecer o panorama da saúde mental dos docentes universitários durante a Pandemia de COVID-19, disponibilizando-se de uma medida de avaliação do estresse acadêmico.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GLEIDSON DIEGO LOPES LOURETO
Interno - 1698535 - JORGE ARTUR PECANHA DE MIRANDA COELHO
Presidente - 1065335 - LEOGILDO ALVES FREIRES
Notícia cadastrada em: 09/05/2022 10:46
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-4.srv4inst1 29/04/2024 09:59