Banca de DEFESA: GISLENNY ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GISLENNY ALVES
DATA : 30/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

“EU NÃO VOU SUCUMBIR”: MULHERES NEGRAS, USUÁRIAS DO CRAS, NO ENFRENTAMENTO ÀS OPRESSÕES DE RAÇA, GÊNERO E CLASSE.


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres negras, CRAS, relações étnico-raciais, gênero, feminismos subalternos.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Esta pesquisa mergulhou nas experiências e vivências de três mulheres negras, usuárias de um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, localizado em uma pequena cidade do agreste alagoano para compreender os modos de resistência desenvolvidos e utilizados por elas no enfrentamento às opressões de raça, classe e gênero. Para isso, como objetivos específicos esse estudo buscou identificar os recursos (materiais e psicológicos) utilizados no enfrentamento às opressões vividas no cotidiano; realizar reflexões sobre o lugar das mulheres negras nos documentos de orientações técnicas e cartilhas produzidas pelo Ministério da Cidadania; discutir sobre a produção de aquilombamento no contexto das interações no território do CRAS. Para
conduzir a pesquisa, parti de saberes que se desenvolveram no entorno dos grandes centros, nas favelas, nas cozinhas, nas antigas senzalas, nos canteiros das roças, haja visto que foi nesse movimento por sobrevivência que nossas experiências nos permitiram criar parâmetros para subverter a ordem existente e produzir saberes localizados, portanto, as produções feministas subalternas, contra-coloniais e feministas negras formam a base
teórica que sustenta o estudo. As conversações, ofertadas por bell hooks, deram a instrumentalidade utilizada para a entrada e vivência do campo, permitindo que a pesquisadora juntamente com as participantes da pesquisa estivesse em uma situação de pesquisa democrática, justa e de compartilhamento de saberes. Os resultados da pesquisa foram produzidos através da instrumentalidade das escrevivências de Conceição Evaristo,
que além de apresentar a realidade dessas mulheres também possibilitou denunciar as construções históricas, sociais, políticas e culturais que permitem e se omitem diante das violências que as mulheres negras são expostas cotidianamente. As narrativas foram organizadas a parir de três eixos: Políticas públicas e formas de resistências, mulheres negras e afetividade, família e trabalho. As políticas públicas são compreendidas pelas
participantes da pesquisa como reservatório de esperança e também como auxílio em suas necessidades diárias. A família, principalmente, os filhos são citados por elas comoprincipal motivo e força propulsora das resistências que fazem cotidianamente. O amor na vida das mulheres negras participantes da pesquisa se encontra borrado em atos de violência praticados por pessoas que lhes são também entendidas como objeto de afeto.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1137422 - ERIKA CECILIA SOARES OLIVEIRA
Externa à Instituição - LUCIANA RODRIGUES - UFRGS
Interno - 1646595 - MARCOS RIBEIRO MESQUITA
Notícia cadastrada em: 05/09/2022 11:32
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