Banca de DEFESA: FAYRUZ HELOU MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FAYRUZ HELOU MARTINS
DATA : 30/09/2022
HORA: 10:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

Posso entrar? A vivência da paternidade em uma Unidade Neonatal


PALAVRAS-CHAVES:

Unidade Neonatal; Paternidade; Construcionismo Social


PÁGINAS: 108
RESUMO:

Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada durante o mestrado em Psicologia. Trata-se de pesquisa desenvolvida a partir da observação da vivência da figura paterna (pai) na unidade neonatal, do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maceió/Alagoas. Para alguns pais, o final da gestação idealizado não coincide com a realidade vivida, o bebê ao nascer, pode precisar de outros cuidados e ser encaminhado para a Unidade Neonatal sendo “retirado” dos pais logo após o nascimento. A estadia do bebê na UTIN pode ser longa e é comum que a mãe receba alta médica, nesses casos, ela fica no hospital acompanhando a criança e o pai continua tendo acesso liberado para estar com o bebê, realizando visitas quando for desejado. A Unidade Neonatal, na qual foi realizada a pesquisa, é composta por três etapas, UTIN/UCINCo e UCINCa. Na construção do trabalho dialoguei com vários atores que transitam neste setor, o pai, a mãe, os profissionais e o espaço físico. Nos diálogos realizados procurei compreender e sentir como o pai vivencia a experiência de ter um filho internado, necessitando de cuidados de uma equipe multiprofissional. Na vivência do cotidiano procurei em cada detalhe como a figura do pai está inserido neste território, quais ações e intervenções o alcançam. A investigação teve como objetivo geral compreender os sentidos produzidos em relação à paternidade em uma Unidade Neonatal. Para tal, almejamos, em específico: a) identificar e refletir sobre os repertórios linguísticos acerca de paternidade utilizados no contexto da Unidade Neonatal; b) identificar e problematizar os diferentes posicionamentos relacionados a paternidade no contexto da Unidade Neonatal; e c) Discutir a paternidade nos cuidados com o/a filho/a que se encontra internado/a em Unidade Neonatal. Utilizei como fundamentação teórica o Construcionismo social, as Práticas discursivas e a produção de sentidos. Minhas ferramentas metodológicas foram as conversas no cotidiano, a escuta e a observação, tudo registrado detalhadamente em meu diário de bordo. O percurso metodológico se deu com a minha completa imersão no cotidiano do setor, atuando como pesquisadora, buscando romper com a neutralidade de pesquisadora e a objetividade da ciência, abrindo espaço para posicionamentos participativos, dialógicos, propositivos e escutatórios, misturando atos de cuidar e de investigar. Com o estudo foi possível observar a necessidade de um maior investimento dos profissionais de saúde em ações educativas e de acolhimento direcionadas não só para a mãe, mas para o casal. Constatei que é insipiente a participação do pai nos cuidados e acreditamos ser essencial incluir o pai nesse processo, orientando e encorajando-o a participar ativamente nas funções de cuidador do filho, apoiando a mãe, durante a internação do bebê e durante o desenvolvimento da criança. Percebi como o pai ainda é uma figura intrusiva para a equipe, sua presença causa desconforto, fazendo-o sentir-se em uma posição de não pertencimento. A ambiência é outro fator que precisa ser repensado por todos os profissionais da Unidade, desta forma o pai poderá sentir-se mais acolhido.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BENEDITO MEDRADO DANTAS - UFPE
Presidente - 1518410 - JEFFERSON DE SOUZA BERNARDES
Interna - 1193935 - MARILIA SILVEIRA
Notícia cadastrada em: 13/09/2022 07:26
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