Banca de DEFESA: THAIS BERIL PIMENTEL VASCONCELOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAIS BERIL PIMENTEL VASCONCELOS
DATA : 25/10/2022
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O PAPEL DO CONTATO COM O OLHAR PARA O COMPARTILHAMENTO DA ATENÇÃO EM CASOS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


PALAVRAS-CHAVES:

Transtorno do Espectro Autista; Contato com o olhar; Atenção Compartilhada; Comunicação


PÁGINAS: 63
RESUMO:

A presente pesquisa teve como objetivo investigar o papel do contato com o olhar nas situações de atenção compartilhada em casos de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Partimos de pressupostos da Psicologia Cultural na qual, o desenvolvimento humano se revela na história das interações de cada pessoa com o mundo, que são mediadas pela linguagem. Com essa perspectiva, investimos em uma alternativa ao predomínio de estudos que se dedicam à identificação de aspectos neurocomportamentais na comunicação nos casos de TEA. Justificamos a relevância dessa alternativa com base na complexidade dos processos psicológicos, que não podem ser tratados apenas como processos de natureza neurológica. Reconhecemos nesse estudo as discussões sobre a comunicação que tratam da ampla interdependência ativa entre falante, ouvinte e significação. Essa interdependência é preterida nas explicações mais tradicionais, que simulam a comunicação humana em programas de computadores. Os participantes da presente pesquisa foram duas crianças com o diagnóstico de TEA, que não fazem uso da fala e sua terapeuta. Tratou-se de um estudo longitudinal de dois casos. O material empírico analisado foi composto por 19 vídeos com duração média de 30 minutos. Esses vídeos consistiram em registros dos participantes envolvidos em atividades terapêuticas. A partir de uma análise microgenética dos registros videogrfados, capturamos seis frames, através dos quais discutimos o papel do contato com o olhar no funcionamento da atenção compartilhada. Nos resultados, destacamos que o contato com o olhar fez parte de uma sequência mínima de ações e respostas que ancorou uma ampla variabilidade de situações de responsividade. Essa variabilidade que deu visibilidade ao exercício de um papel ativo das crianças com TEA que não fazem uso de fala na sua relação com a terapeuta. Observamos que o alinhamento entre ações da terapeuta e respostas das crianças, ou viceversa foi preservado, inclusive na variabilidade da responsividade, pressupondo-se a atenção da criança para o ambiente. Concluímos que a atenção foi conduzida por interesses, exercida no âmbito dos processos comunicativos e, necessariamente, tratou-se de uma situação de compartilhamento de significados. Destacamos ainda que a expressão de particularidades das crianças e da terapeuta na responsividade foi refletida como razão para as variações e estiveram relacionadas com a história da relação da criança com o objeto/evento que foi envolvido na situação comunicativa. A expressão de particularidades na responsividade confirmou, então, o nível da intersubjetividade nos processos comunicativos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 734317 - NADJA MARIA VIEIRA DA SILVA
Interna - 2180259 - MARIA AUXILIADORA TEIXEIRA RIBEIRO
Externa à Instituição - EMMANUELLE CHRISTINE CHAVES DA SILVA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 17/10/2022 09:11
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