Banca de DEFESA: DINA MARIA VITAL ÁVILA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DINA MARIA VITAL ÁVILA
DATA : 20/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: INSTITUTO DE PSICOLOGIA
TÍTULO:

INFÂNCIAS LGBTQIA+ QUE RESISTEM: QUANDO É PRECISO SUBVERTER O CURRÍCULO


PALAVRAS-CHAVES:

a) Currículo; b) Infâncias LGBTQIA+; c) Gêneros e sexualidades; d) Cisheteronorma.


PÁGINAS: 145
RESUMO:

Quem são as infâncias em dissidência da norma de gêneros e sexualidades? De que material elas são constituídas? Quais são os mecanismos utilizados por elas para resistir à cisheteronorma? Quem é afetado/a por seus modos insurgentes de vida? Quais experiências elas produzem? A trajetória da pesquisa aqui enunciada, vem contar sobre as memórias, as conversas, e as invencionices de uma professora sobre a(s) escola(s), o currículo, as práticas docentes, e as infâncias dissidentes das normas de gêneros e sexualidades. Argumentamos que, com seus modos insurgentes, estas infâncias buscam resistir ao poder cisheteronormativo, agindo em defesa do direito à vida. Neste sentido, as suas agências podem estremecer e bagunçar o currículo – um dispositivo constituído por relações de poder e estratégias discursivas de significação de corpos. Neste movimento, estas infâncias produzem, em via de mão dupla, a luta de confronto aos estatutos de vida inteligíveis, e a constituição das diferenças, que, encarnadas em seus corpos, as produzem alegres e desejosas de vida, sonhos e liberdade. Trata-se de uma pesquisa pautada nas teorizações e metodologias pós-críticas - estudos pós-estruturalistas, estudos pós-modernos, estudos culturais e os estudos queer/cuir. Este conjunto teórico-metodológico concebe as realidades dos contextos nas quais as infâncias estão imersas, tomando as práticas discursivas como o centro de análise. Como objetivos propomos: a) analisar as práticas curriculares que constituem a educação das infâncias dissidentes da norma de gêneros e sexualidades; b) identificar os modos de resistência que os corpos infantis dissidentes da norma de gêneros e sexualidades produzem para sobreviver no campo do currículo escolar, e; c) analisar os movimentos de resistência docente à cisheteronorma. As informações são estudadas por meio da Análise do Discurso em Foucault e produzidas: a) nas conversas tecidas nas rodas com as professoras, e, b) no diário de memórias do/no cotidiano escolar com as infâncias em dissidência da cisheteronorma. Salientamos que as narrativas aqui compartilhadas são ficcionais, contadas a partir das minhas vivências no campo das práticas curriculares da educação básica. Tratam-se de minhas interpretações, do que vi, vivi e ouvi, de “ficções, no sentido de que são ‘algo construído’, pois ficção não quer dizer que seja falsa ou não factual, mas uma produção de quem escreve. O locus da pesquisa está situado nas escolas do ensino fundamental da educação pública das redes municipal de Maceió e estadual de Alagoas. Este estudo sugere possíveis caminhos para a reflexão e a identificação de outras trilhas de produção de currículos que possam se lançar na contra-hegemonia da cisheteronormatividade. O estudo nos possibilitou observar que frente às estratégias curriculares criadas e exercidas pelo regime dominante, as infâncias em dissidência da cisheteronorma desafiam o poder através de brechas de fuga, forjando outras paisagens de liberdade para os seus corpos. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1646595 - MARCOS RIBEIRO MESQUITA
Interno(a) - 1646594 - SIMONE MARIA HUNING
Externo(a) à Instituição - FERNANDO ALTAIR POCAHY - UERJ
Notícia cadastrada em: 27/06/2023 09:33
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