Banca de DEFESA: MARIA MARQUES MARINHO PERONICO PEDROSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA MARQUES MARINHO PERONICO PEDROSA
DATA : 26/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

RESISTINDO ÀS POLÍTICAS DE MORTE E PROMOVENDO POLÍTICAS DE VIDA: A EXPERIÊNCIA XUCURU-KARIRI DA MATA DA CAFURNA NA PANDEMIA DE COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Xucuru-Kariri; COVID-19; saúde indígena; políticas de morte; políticas de vida.


PÁGINAS: 129
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender os impactos sociopolíticos da COVID-19 vividos pelo povo Xucuru-Kariri da aldeia Mata da Cafurna de 2020 a 2022. O Brasil tornou-se um dos países que mais sofreu com a doença ocasionada pelo novo coronavírus, afetando principalmente grupos vulnerabilizados como os povos tradicionais. A crise provocada pela pandemia, no entanto, apenas escancara desigualdades econômicas, políticas, sociais e ambientais que já eram vivenciadas antes. No estado de Alagoas, o povo Xucuru-Kariri, lida há anos com os conflitos fundiários, a falta de acesso a saúde de qualidade, e muitos outros problemas causados pelas violações de seus direitos básicos. Tais questões demonstram que a luta não se limita ao combate da COVID-19, mas se estende contra um projeto de Estado e sociedade que sistematicamente negam seus direitos. Nessa pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) da Universidade Federal de Alagoas, adotamos um arcabouço teórico-metodológico que se baseia num Paradigma Indigena de Pesquisa, seguindo uma lógica anticolonial de fazer-pesquisar. Utilizamos conversas e diários como ferramentas para produção do corpus da pesquisa, e analisamos como referência o Thought Ritual como base analítica. Por fim, discutimos como a resistência contra esses projetos de morte são constantes e se intensificaram durante a pandemia. Demonstramos ainda através das narrativas Xucuru-Kariri como o território, as histórias, a relação com a natureza, os saberes, a espiritualidade e as tradições são políticas fomentadoras de vida. Naturalmente parte dos modos de (re)existir da comunidade, esses elementos desafiam a lógica racista, exploratória, colonial e capitalista da sociedade contemporânea. Em conclusão, esta pesquisa destaca a relevância de reconhecer e valorizar os saberes e práticas do povo Xucuru-Kariri como ferramentas essenciais para enfrentar os desafios colocados pelo mundo contemporâneo e suas crises. Além disso, ressalta a necessidade de políticas e ações que promovam justiça social e o respeito aos direitos dos povos tradicionais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais equitativa e justa.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - CARLOS JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS - UESC-BA
Interno(a) - 2180259 - MARIA AUXILIADORA TEIXEIRA RIBEIRO
Presidente - 1738204 - SAULO LUDERS FERNANDES
Notícia cadastrada em: 20/07/2023 07:27
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-1.srv1inst1 29/04/2024 10:38