E o futuro será negro: as contribuições de Neusa Santos Souza para uma psicanálise enegrecida.
Neusa Santos Souza; Psicanalise; Enegrecer; Psicologia Social.
A presente pesquisa, tem como contribuição tornar uma escuta enegrecida, possibilitando a pratica da escuta clínica ser pensada e politizada no entendimento de que o racismo existe, é perverso e aparece de diversas formas no processo de psicoterapia ou análise e que nesse percurso do negro falar sobre si, tenha a escuta enegrecida e partir disso tornar-se negro, não apenas quem fala, mas, também quem escuta. Assim, nessa pesquisa, temos como objetivo geral: Buscar na obra Tornar-se negro, as contribuições políticas e sociais de Neusa Santos Souza e compreender como ela discute o sujeito negro, em diálogo com outros/as pensadores/as. E como objetivos específicos: a) Investigar a dimensão histórica, política e epistemológica da branquitude na formação da psicologia e da psicanálise. b) Tornar-se negro e enegrecer a psicanálise como um aspecto político. c) A racialidade na escuta de pessoas negras, na perspectiva de pensadores negros/as. Tendo como referencial teórico metodológico, a proposta da Amefricanidade de Lélia Gonzalez como um chamado para alargar as rotas de encontro de outras potencias e epistemologias, tendo a linguagem do negro como um lugar geográfico e político, em dialogo com aproposta de Franz Fanon, a respeito do negro e da linguagem. Criando um percurso histórico-político da história do negro nas ciências e o lugar da psicologia e da psicanalise desde seu início como ciência. Tendo como considerações finais, a branquitude e as formações das subjetividades negras desde do processo de branqueamento das raças, até os dias atuais.