A HISTÓRIA DA MÃE ÓRFÃ DE FILHA VIVA: O JEITO QUILOMBOLA DE CUIDAR DA CABEÇA DESORÍENTADA
Quilombo, Saúde Mental, Psicologia
Mantendo os costumes tradicionais de seu povo, e sendo a pesquisadora uma Griote Quilombola, essa pesquisa tem por objetivo contar a história da mãe órfã de filha viva e o jeito quilombola de cuidar da cabeça deORÌentada. A tradição oral a partir de histórias contadas pelas mestras das palavras, é uma forma de transmissão de conhecimento entre gerações, preservando a memória, cultura, saberes e fazeres no quilombo. Para contar essa história sem perder a oralidade na escrita, o conceito de escrevivência da Conceição Evaristo, a oralitura proposta por Leda Maria Martins e a escrita de narrativa como recurso autoral, ensinada pela Ester Mambrini serão utilizadas como método de escrita. No Pilão Teórico, incluo os saberes ancestrais das/os mais velhas, das avós, benzedeiras, tias e tios e produções de intelectuais quilombolas, como Beatriz Nascimento, Nêgo Bispo, e as teorias psicológicas sobre saúde mental. Para analisar a essa história, utilizo o movimento Sankofa, voltar ao passado para entender o presente e ressignificar o futuro, pois a cura da cabeça deORÍentada se faz pelo retorno a terra mãe, o provérbio mandinga nos ensina “Antes de saber para onde vai, é preciso saber quem você é”.