Banca de DEFESA: ANNA KELMANY DA SILVA ARAÚJO



Uma banca de DEFESA DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: ANNA KELMANY DA SILVA ARAÚJO
DATA: 18/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Instituto de Ciências Sociais
TÍTULO:

EM PAU D’ARCO, MUITAS FLORES: MEMÓRIA, TERRITÓRIO DE PARENTESCO E FRONTEIRA ÉTNICA.


RESUMO:

A promulgação da Constituição Federal de 1988, por meio do artigo 68 do ADCT, trouxe, pela primeira vez, no ano em que também se comemorava o centenário da abolição, a garantia do direito à terra, historicamente negada à população negra durante a escravidão e também no pós abolição, fazendo emergir em todo o país processos de demandas por reconhecimento das então denominadas comunidades remanescentes de quilombos. Isso possibilitou a emergência de estudos que consideram a formação e a trajetória histórica desses grupos de negros rurais que a Antropologia, em seu processo de ressemantização do conceito de quilombo, denominou de grupos étnicos. Nesse sentido, a presente etnografia alinha-se a essa conjuntura nacional por meio do estudo de uma comunidade negra rural situada no agreste alagoano, mais especificamente, no município de Arapiraca/AL, a comunidade quilombola Pau d‘Arco, objetivando percorrer os caminhos da constituição do referido grupo e de seu território dentro de um contexto intersocietário que tem início ainda na segunda metade do século XIX e que dialoga tanto com a formação do município onde a referida comunidade está inserida, como também com a formação do próprio semiárido alagoano no que concerne à sua ligação com um dos primeiros polos de colonização de Alagoas, a atual cidade de Penedo/AL. No contexto de um esforço maior, busquei ainda reconstituir a trajetória das famílias fundadoras de Pau d‘Arco, acionando tanto a memória genealógica quanto a memória social e coletiva, o que possibilitou apreender como a diferença social foi construída e como esse grupo foi nomeado pelo seu entorno enquanto um grupo de negros, fato que reverberou na elaboração do sentimento de pertencimento mediado ali pela família e pela cor, bem como da partilha de uma origem comum e da estigmatização sofrida por eles de maneira coletiva que, por sua vez, explicam os elementos identitários de caráter étnico que são acionados para estabelecer critérios de afiliação e de exclusão. Também procurei entender como se deu o processo de reconhecimento, ou seja, de reivindicação da identidade quilombola no caso de Pau d‘Arco, assim como da criação e atuação da Associação Quilombola na comunidade e das atuais demandas dos quilombos em Alagoas.


PALAVRAS-CHAVE:

Memória; Identidade Étnica; Pau d‘Arco (Arapiraca/AL); Quilombo. 


PÁGINAS: 190
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia

MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1992985 - CLAUDIA MURA
Externo(a) à Instituição - CLEBIO CORREIA DE ARAUJO - UNEAL
Externo(a) ao Programa - 2947093 - JORDANIA DE ARAUJO SOUZA GAUDENCIO
Presidente - 3145494 - RACHEL ROCHA DE ALMEIDA BARROS
Notícia cadastrada em: 23/11/2018 11:45
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