A AUTORREPRESENTAÇÃO DE MULHERES COMO PRÁTICA FOTOGRÁFICA: UMA ETNOGRAFIA VISUAL DA CENA CONTEMPORÂNEA EM MACEIÓ/AL
Aprender na prática; Autorrepresentação; Fotografia; Feminismos; Gênero
Esta etnografia visual nasceu da experiência de pesquisa com as autorrepresentações fotográficas de mulheres na cena contemporânea em Maceió, Alagoas. Movida pelo reconhecimento de assimetrias de gênero no campo da fotografia, categoria na qual também estou inserida, investiguei como as autorrepresentações de mulheres produzem “fraturas” na fotografia dominante, caracterizada por historicamente operar em detrimento das “mulheres fotógrafas” e das “mulheres fotografadas”. Considerando o movimento de mulheres que por iniciativas individuais ou coletivas vem contestando a produção masculina dominante, a pesquisa aconteceu com Amanda Bambu, Gabi Coêlho, Laryssa Andrade e Natie Paz, fotógrafas que contribuem para a recriação de visualidades na cena local, além do Punho – Coletivo Alagoano de Mulheres da Imagem, que contribui para pensar o ativismo emergente de fotógrafas na cidade de Maceió. Ainda, tendo em vista o contexto de enfrentamento à pandemia da Covid-19, apresento impulsos criativos que emergem do gesto artístico de aprender na prática com as parceiras de pesquisa a como me autorrepresentar fotograficamente. Nesse sentido, esboço uma experiência na qual as fronteiras entre racionalidade científica e emoção, sujeito e objeto, arte e ciência são postas em questão.