DANÇA AFRO BRASILEIRA: HISTÓRIAS DE DANÇAS E NARRATIVAS ETNOGRÁFICAS SOBRE A DANÇA AFRO ALAGOANA
Antropologia da dança; Dança negra; Dança dos Orixás;
Essa pesquisa identifica e compreende como a dança afro brasileira se constituiu em Alagoas a partir de 1980 até os dias atuais. O pano de fundo é o pioneirismo e protagonismo do coreógrafo não-alagoano Eduardo Xavier dos Passos e do coreógrafo alagoano José Petrúcio Trindade e a fundação do primeiro grupo de dança afro de Alagoas, o Grupo Ekodidé de Dança Afro Brasileira que teve como base a dança dos Orixás executada nos Terreiros de Candomblé alagoano. A trajetória histórica da dança afro brasileira toma como referência as vivências e experiências da coreógrafa Mercedes Baptista que estudou a dança dos Orixás em Terreiros de Candomblé do Rio de Janeiro na década de 1950. A etnografia dessa pesquisa acontece a partir do levantamento bibliográfico, entrevistas, análise de documentos, observação participante e a pesquisa de campo, propriamente dito. As histórias e narrativas que compõe essa pesquisa proporciona a reflexão da importância e valorização da dança afro alagoana, dos coreógrafos, artistas e dançarinos desse fazer afro em Alagoas, sendo eles os principais narradores, construtores e autores do fazer etnográfico dessas corporalidades afro alagoana. A pergunta centralizadora que surge e se mantém durante a escrita dessa pesquisa é: Existe uma dança afro alagoana? Nesta dissertação analisa-se, também, um pensamento de pedagogia de dança afro alagoana a partir do relato de experiência em oficinas de dança afro realizada com Diego Bernardes, Mãe Nany e Afoxé Odoyá, além do relato de experiência da realização de uma oficina de iniciação à dança afro brasileira em Ladeiras – SE ministrada pelo pesquisador para compreender na prática fórmulas e estratégias metodológicas de dança afro alagoana. As reflexões e considerações realizadas nesta pesquisa visa contribuir e provocar os antropólogos e artistas de Alagoas para observar, pesquisa e debruçar-se no fazer das artes negras no contexto alagoano.