O TRABALHO REMOTO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA
Ensino remoto; ensino de ciências; formação continuada; recursos digitais.
O ensino de ciências vem passando por diversas modificações ao longo da história.
Com a sociedade em constante mudança, o ensino e a escola exigem um
acompanhamento em suas metodologias e estratégias. O professor é convidado a se
atualizar de maneira constante, de modo que atenda as exigências dessa sociedade em
transformação. Com o avanço do novo coronavírus SARS-CoV–2, a sociedade foi
colocada em alerta e medidas de distanciamento social foram adotas, exigindo mais uma
vez que escola de maneira geral, desenvolva meios para se adequar à nova realidade
existente, de modo que não se tenha uma diminuição do vínculo entre a escola, os
discentes e as famílias. Nesse contexto, medidas foram tomadas e o ensino remoto está
sendo colocado como uma alternativa de viabilização da prática pedagógica. O presente
trabalho surge do questionamento sobre como está sendo o trabalho remoto dos
professores de ciências da rede pública de ensino de uma escola de Ensino Fundamental
– Anos finais, nesse período de distanciamento social, advindo da pandemia do novo
coronavírus Sars-Cov-2. Espera-se compreender, quais perspectivas a classe docente
tem, sobre esse formato de ensino adotado de maneira urgente, os desafios e
consequências para o processo de ensino e aprendizagem da disciplina de ciências. Para
esta explanação recorremos à Saviani (2011) para falar sobre a finalidade do Ensino de
acordo com a Pedagogia Histórico-Crítica e a outros autores como Krasilchik (2000) e
Fernandes et.al (2020) para discorrer sobre o ensino de ciências. Nosso lócus de
pesquisa foram professores de ciências de uma escola de Ensino Fundamental - Anos
finais e documentos que norteiam o modelo de ensino adotado pelo município no
período de paralisação das aulas presencias causado pelo isolamento social durante a
pandemia da Covid-19. A análise consiste em uma pesquisa do tipo qualitativa, baseada
em Creswell (2007), com uma abordagem exploratória reforçada em Piovesan e
Temporini (1995). Os resultados obtidos demonstraram um despreparo educacional
como todo, considerando acesso, formação e aquisição de meios tecnológicos e digitais
para escola, professores e alunos, o que comprometeu a aprendizagem para uma
educação científica em ciência de qualidade, visando o real objetivo da educação.