PPGECIM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA CENTRO DE EDUCACAO Telefone/Ramal: 99315-8045

Banca de DEFESA: EWELLYN AMANCIO ARAUJO BARBOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EWELLYN AMANCIO ARAUJO BARBOSA
DATA : 14/09/2023
HORA: 10:00
LOCAL: HIBRIDO - CEDU E MEET
TÍTULO:

A argumentação nas aulas sobre probabilidade do 5º ano do ensino fundamental: uma proposta de investigação matemática


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Argumentação; Probabilidade; Padrões discursivos; Investigação Matemática; Anos iniciais.


PÁGINAS: 415
RESUMO:

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) considera a argumentação essencial no processo de aprendizagem, colocando-a como uma das competências gerais a ser desenvolvida ao longo da Educação Básica. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo analisar quais as contribuições que o processo argumentativo nas aulas de Probabilidade no 5° ano do Ensino Fundamental poderá trazer para o desenvolvimento do pensamento probabilístico. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa caracterizada por uma intervenção, na qual foi elaborada uma trilha de aprendizagem com tarefas e jogos, numa perspectiva de investigação matemática (PONTE, 2003, 2005), envolvendo conceitos de probabilidade, sendo aplicada para a turma do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede privada de Maceió (AL). Fundamentando-se nos padrões discursivos como o I-R-F (Iniciação-Resposta-Feedback) e o I-R-A (Iniciação-Resposta-Avaliação) e nos modelos de argumentação propostos por Toumin (1958) e Kosko (2018), pudemos analisar as interações discursivas dos alunos durante a realização das tarefas. Desse modo, consideramos como instrumento de análise dos dados, os construtos teóricos de Bardin (2011) acerca da análise de conteúdo e de Caregnato e Mutti (2006) sobre a análise de discurso. Os resultados demonstraram que o grupo pesquisado não possui o hábito de argumentar nas aulas de Matemática, visto que o ensino é centrado na resolução de exercícios e problemas com a finalidade de obter uma resposta numérica sem discuti-la, o que priva os alunos da possibilidade de argumentação e exposição do raciocínio, seja de modo oral ou escrito. Porém, foi constatado que ao utilizar as estratégias de investigação matemática para a aprendizagem dos conceitos de probabilidade, com questionamentos que possibilitam a argumentação e a quebra da tríade I-R-F e I-R-A, os alunos conseguiram fundamentar e organizar ideias que outrora não eram capazes de expor. Ademais, o grupo pesquisado apresentou resistência para o desenvolvimento da argumentação escrita, certamente decorrente da ausência da produção de textos nas aulas de Matemática, bem como da preponderância dada pelas mídias sociais aos aspectos visuais e orais, nos quais, frases curtas com palavras abreviadas, tornam o vocabulário dos alunos mais reduzido, o que não permite a construção de conjecturas e estruturas de justificação mais robusta. Por fim, também identificamos padrões discursivos que fogem da interação triádica (I-R-F e I-R-A), proporcionando que sejam desencadeadas argumentações mais consistentes, que vão além da pura opinião, mas que são pautadas na criticidade, defesa, refutação, hipóteses e garantia do que está sendo dito ou escrito, sendo que ficou demonstrado que o grupo pesquisado conseguiu evoluir em relação ao domínio dos conceitos de probabilidade, concluindo-se que a trilha de aprendizagem contribuiu significativamente nesse processo, recomendando-se que os professores estimulem as interações discursivas durante as aulas de Matemática para que a argumentação passe a integrar o processo ensino-aprendizagem.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1049316 - CLAUDIA DE OLIVEIRA LOZADA
Interno(a) - 3198794 - ELTON CASADO FIREMAN
Externo(a) à Instituição - SUZI SAMÁ - FURG
Notícia cadastrada em: 08/09/2023 10:35
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