Estudo comparativo entre triagens farmacológicas de diferentes frações da Pereskia aculeata miller e da Alpinia zerumbet em ratos espontaneamente hipertensos
Pereskia aculeata miller, Alpina zerumbet, ratos SHRs, pressão arterial
Introdução: A hipertensão é uma doença com prevalência alta e representa um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Apesar dos anti-hipertensivos disponíveis, muitos pacientes com hipertensão não atingem os níveis pressóricos ideais, sendo necessário buscar novos meios para que a população com hipertensão tenha tratamento adequado. Com isso, as plantas medicinais estão sendo cada vez mais utilizadas. Dentre elas, a Pereskia aculeata miller, conhecida como “ora-pro-nóbis”, é utilizada, popularmente, na medicina tradicional brasileira, no entanto, seus efeitos cardiovasculares continuam incertos. E Alpinia zerumbet, conhecida, popularmente, como “colônia” já é utilizada na medicina popular como tratamento para hipertensão, no entanto não há relatos da fração acetato de etila sobre o sistema cardiovascular. Objetivo: Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos cardiovasculares induzidos por frações da Pereskia aculeata miller (FPPTPa, FHPa e FDCMPa) e da Alpina zerumbet (FAEFAz) em ratos espontaneamente hipertensos (SHR), bem como fazer o comparativo de sua composição fitoquímica. Metodologia: Para as avaliações hemodinâmicas, ratos machos SHR (200-300 g) foram anestesiados (Cetamina 80mg/Kg + xilazina 4mg/Kg, i.p.) e cateteres de polietileno foram inseridos no interior da aorta abdominal e veia cava inferior via artéria e veia femoral esquerdas, respectivamente, para medidas da pressão arterial e administração das frações FHPa, FDCMPa, FPPTPa e FAEFAz (0,1; 0,5; 1; 5; 10; 20; 30; 40; 50 e 60 mg.kg-1 i.v.). Após 24h, foram realizados os protocolos de medida direta da pressão arterial e frequência cardíaca em ratos SHR não anestesiados. Todos os dados obtidos dos resultados, foram expressos como média ± erro padrão da média (e.p.m.). A significância das diferenças entre as médias foi avaliada através do teste t de student e ANOVA “one way”, seguido do pós-teste de Bonferroni. Para estes procedimentos foi utilizado o software GraphPad Prism versão 5.02. Resultados: Em ratos SHR conscientes, as frações da P. aculeata e da A. zerumbet promoveram uma redução na pressão arterial média e frequência cardíaca em todas as frações, mas em particular a redução da frequência cardíaca nas frações da P. aculeata, em ratos SHR não anestesiados. Conclusão: Portanto, as frações promovem efeito hipotensor e bradicárdico em ratos SHR.