Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELLA SANTOS BARROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELLA SANTOS BARROS
DATA : 11/06/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Vídeoconferência
TÍTULO:

IMPACTO DE INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA ADESÃO À FARMACOTERAPIA ANTIRRETROVIRAL DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE HIV/AIDS NO ESTADO DE ALAGOAS

PALAVRAS-CHAVES:

HIV; AIDS; cuidado farmacêutico; terapia antirretroviral.

PÁGINAS: 72
RESUMO:

RESUMO: Para obter êxito no tratamento antirretroviral é necessário a utilização adequada dos medicamentos prescritos, gerando assim um desafio para a saúde pública: a adesão à Terapia Antirretroviral (TARV). O farmacêutico, profissional responsável por fazer a conexão entre o medicamento e o paciente, tem potencial de impactar positivamente no seguimento adequado da farmacoterapia. Com isso, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto de intervenções farmacêuticas na adesão à farmacoterapia antirretroviral de indivíduos portadores de HIV/AIDS no estado de Alagoas. Para tanto, foi realizado um estudo prospectivo controlado intervencionista em dois serviços de saúde do referido estado, onde 67 participantes foram alocados em dois grupos: G1: grupo que recebeu intervenções farmacêuticas (n=32) e G2: grupo não intervenção (n=35) constituído pelos pacientes atendidos apenas pelo processo de dispensação habitual do serviço de saúde. Para verificar o nível de informação que os pacientes detinham sobre de sua farmacoterapia antirretroviral foi utilizado o instrumento validado por Raehl et al. (2002). Para avaliar a adesão, inicialmente foram utilizados o instrumento proposto por Remor (2007) e o histórico de retirada dos medicamentos na farmácia. Já os resultados de exames laboratoriais de carga viral foram utilizados para mensurar a adesão antes e após as intervenções. Os pacientes foram acompanhados por um farmacêutico clínico durante o período de 10 meses. Dos resultados obtidos foi possível observar que quanto ao grau de conhecimento dos 67 pacientes acerca de sua farmacoterapia, 74,33% não soube informar o nome do medicamento que fazia uso, 83,58% não soube informar a dose, 58,21% afirmou não saber se existia algum tipo de interação com alimentos ou se poderia ser administrado próximo a horários de refeição. Entretanto, a maioria sabia a indicação 98,51% bem como os horários de administração 94,02% de seus medicamentos. Com relação a adesão à farmacoterapia antirretroviral, pôde-se observar que apenas a minoria dos pacientes apresentou adesão considerada ótima/ estrita tanto G1 (18,75%) como G2 (20,00%), e que no geral, considerando G1 e G2, 38,81% apresentaram baixa adesão. Quanto a retirada de medicamentos na farmácia ao longo do estudo, houve uma maior periodicidade de G1 (90,62%) quando comparado à G2 (77,14%). Por fim, quando analisados os resultados dos exames laboratoriais de carga viral realizados antes e durante o acompanhamento farmacêutico, foi possível observar um aumento do número de participantes com resultados de carga viral indetectável (< 50 cópias/mL) (de 56,25% para 93,75%) no grupo intervenção (p< 0,01). Já para o grupo não intervenção não houve diferença no antes e após o período de 10 meses (de 74,29% para 74,29%). O presente estudo mostra que as intervenções realizadas pelo farmacêutico foram capazes de contribuir na melhora da adesão em virtude da redução dos valores da carga viral para os pacientes que receberam a intervenção.
Além disso, reforça a importância da presença do farmacêutico na equipe multiprofissional desenvolvendo atividades clínicas, na promoção do uso racional de medicamentos.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - RENATA CRISTINA REZENDE MACEDO DO NASCIMENTO - UFOP
Interna - 1640070 - ELIANE APARECIDA CAMPESATTO
Interna - 1331191 - SABRINA JOANY FELIZARDO NEVES