A utilização de ferramentas tecnológicas através de atividades lúdicas no ensino de Química em uma turma com deficientes auditivos e ouvintes
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Pensar um ensino acessível e de fácil compreensão é uma das tarefas do professor que leciona química no ensino médio. Um bom artifício é a inclusão de atividades com caráter lúdico que pode funcionar como facilitador no processo de ensino aprendizagem, principalmente pensando em uma sala de aula que une
alunos que apresentam surdez e ouvintes. Nesse contexto atrelar as novas formas de tecnologias existentes pode ser uma forma prática de favorecer a interação de todos os alunos e buscar contornar a falta de interesse. Muitas vezes a causa do insucesso no decorrer de boa parte das disciplinas tem sido a falta de material didático inclusivo, de qualidade e de fácil acesso a alunos e professores, além é claro de métodos de ensino que chamem a atenção do aluno ao aprendizado. O modelo de ensino adotado pelas escolas não favorece as dificuldades e a
especificidade encontrada por aqueles que possuem alguma deficiência auditiva (FERREIRA; NASCIMENTO,2014). As instituições já destinam na sala de aula a presença de um profissional para facilitar a relação aluno-professor, no entanto quando se pensa em uma aula pautada apenas no uso da língua materna, “o
contexto da sala de aula inclusiva ainda prioriza majoritariamente a Língua Portuguesa, e, para garantir ao sujeito surdo o direito de acesso ao conhecimento, faz-se necessária a presença do intérprete de LIBRAS [...]” (MENDONÇA, OLIVEIRA e BENITE, 2017, p. 347). Mesmo a presença de TILS não é um fator determinante para o sucesso no desenvolvimento do conhecimento, levando em consideração que todo o processo formativo anterior também repercute no novo cenário escolar. A química possui conhecimentos químicos específicos com conceitos e nomenclaturas, isso já torna o seu estudo desafiador, quando pensamos naqueles que apresentam surdez esse desafio é aumentado pela falta de sinais específicos à disciplina e quando existentes, nem sempre são de conhecimento do interprete que acompanha a turma, além, é claro, da falta de conhecimento na língua materna. Utilizar métodos facilitadores é uma abordagem que pode favorecer o aprendizado, o protagonismo e a interação na sala de aula, os jogos podem funcionar como alternativa para uma aula lúdica, interessante e divertida, e favorecer a interação por todos os participantes.