O corpo entre o saber, o poder e o cuidado de si, segundo Michel Foucault
A seguinte pesquisa busca destacar do pensamento do filósofo francês Michel Foucault (1982-1984) a sua concepção (ou concepções) de corpo ao longo das três diferentes fases de pensamento, a saber, a fase da arqueologia do saber, destinada a compreender as rupturas epistêmicas na medicina, na psiquiatria e nas ciências humanas; a genealogia do poder, que dá ênfase à relação entre as relações de poder e de saber nas diferentes instituições disciplinares na Modernidade como hospitais, escolas, prisões, asilos psiquiátricos etc.; e, por fim, a genealogia dos sujeitos, onde o filósofo francês propõe uma ética baseada em sua leitura de pensadores e médicos da Antiguidade greco-latina, em especial, do conceito de estética da existência (tekhné tou bíou), como forma de fazer da própria vida uma obra de arte. Nosso principal objetivo é se guiar na divisão histórico-bibliográfica da obra de Foucault com o intuito de entender como o corpo se relaciona com conceitos fundamentais desse pensador como a epistémê, a disciplina, a normalização, a microfísica do poder e o cuidado de si. Fazendo com que nossa pesquisa, a partir do olhar foucaultiano, consiga abordar diferentes temas que se relacionam com o corpo como as modificações nas estruturas dos saberes como as ciências da vida, a medicina e as ciências humanas, a política e sua relação com o corpo e também o papel do corpo em uma ética que resgata princípios da filosofia greco-latina.
Michel Foucault; Corpo; Saber; Poder; Cuidado se si