Interconexões entre qualidade de vida, gravidade da doença, composição corporal e capacidade funcional em pacientes cirróticos
cirrose hepática, qualidade de vida, fragilidade hepática, estado nutricional, desnutrição
Resumo: Objetivo: Investigar a relação entre qualidade de vida (QV), gravidade da doença hepática, composição corporal e capacidade funcional em pacientes cirróticos. Participaram pacientes com cirrose hepática (18-70 anos) de um Hospital Universitário em Maceió/AL (Brasil). Métodos: Foram utilizados os questionários Chronic Liver Disease Questionnaire (CLDQ) e Short Form Health Survey – 36 (SF 36) para avaliar a QV. Os pacientes foram classificados quanto à gravidade da doença (Child-Pugh, Model for End-stage Liver Disease - MELD, MELD-Na, MELD 3.0, índice de fibrose hepática - FIB), massa muscular apendicular (MMEA e índice de MMEA – IMMEA), status nutricional (Global Leadership Initiative on Malnutrition - GLIM; risco nutricional - Royal Free Hospital-Nutritional Prioritizing Tool - RFH-NPT – e Global assentment – RFH-GA -, fragilidade hepática (FH) e sarcopenia. A análise estatística incluiu regressão linear ajustada para sexo, idade e etiologia da doença hepática (SPSS v.26). Resultados: Dos cinquenta participantes (média de idade: 48 ± 14 anos; 72% masculino), o domínio "preocupação" (CLDQ) associou-se significativamente à gravidade da doença. Já o domínio "aspectos sociais" (SF 36) correlacionou-se com a gravidade da doença (Child-Pugh) e pior status nutricional (RFH-NPT, GLIM, FH). Conclusão: Pacientes cirróticos com baixa QV nos domínios "preocupação" e "aspectos sociais" apresentam pior prognóstico clínico e nutricional. Destaca-se a necessidade de intervenções multiprofissionais precoces para aprimorar a saúde desses pacientes. O estudo sugere uma abordagem integral para otimizar o prognóstico de pacientes cirróticos.