PPCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS FACULDADE DE MEDICINA Telefone/Ramal: 32141857

Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXANDRE OTILIO PINTO JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALEXANDRE OTILIO PINTO JUNIOR
DATA : 27/03/2024
HORA: 07:30
LOCAL: presencial
TÍTULO:

RELAÇÃO ENTRE GRAVIDADE DO SENTIMENTO DE SOLIDÃO, DOR PSICOLÓGICA E IMPACTO NA VIDA DIÁRIA DE MULHERES COM FIBROMIALGIA


PALAVRAS-CHAVES:

Gravidade do sofrimento, dor psicológica, fibromialgia


PÁGINAS: 35
RESUMO:

INTRODUÇÃO A fibromialgia é uma doença inflamatória crônica caracterizada por dor multifocal, fadiga e comprometimento cognitivo. Apesar da prevalência da fibromialgia variar de 1,3 a 8% em estudos epidemiológicos, o diagnóstico preciso permanece desafiador, podendo levar à subestimação de sua real prevalência (GAU et al., 2023). A presença de comorbidades psiquiátricas na fibromialgia destaca sua influência na qualidade de vida do paciente, piorando o prognóstico da doença. Dentre essas alterações, podese destacar o sentimento de solidão e a dor psicológica. O conceito de solidão pode ser definido como uma percepção cognitiva de que os relacionamentos sociais são insuficientes ou inadequados, o que resulta em uma sensação afetiva de vazio ou tristeza (BARROSO et al., 2016). A Dor Psicológica (DP) também pode ser encontrada na literatura como dor mental, sofrimento psíquico, dor psíquica, vazio ou perturbação interna, havendo na literatura relato de que a dor psicológica já fora descrita como pior do que qualquer dor física que um indivíduo já sentira (IELMINI et al., 2022). O tratamento da Fibromialgia consiste em um desafio para os serviços de saúde, pois engloba tanto medidas farmacológicas e intervencionistas para dor crônica, quanto educação cognitivo-comportamental em saúde. Diante disso, objetivou-se com este estudo investigar a gravidade do sentimento de solidão, dor psicológica e da depressão, bem como se há relação desses com o impacto causado pela doença, em pessoas que vivem com Fibromialgia. Tal investigação irá corroborar com o entendimento dos aspectos multifatoriais relacionados à FM, além de possibilitar melhores estratégias na abordagem terapêutica desses pacientes. A falta de explicação laboratorial e de imagem que justifiquem o quadro clínico da FM corrobora com o aspecto social negligenciado da dor. Nesse ponto, estudos em neurociências sustentam que a dor social e a invalidação se somam intensamente na natureza da FM, e representam uma expressão crucial da manifestação da dor física e de sintomas somáticos. Reconhecer na FM o complexo “dor fisica-social” garante não somente a inserção da dor social ou invalidação como sintoma complementar, como também permite o diagnóstico e manejo UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE MEDICINA – FAMED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS – PPGCM mais amplos dessa condição. Contudo, vale ressaltar que apesar da relação mútua existente entre dor física e social, uma pode continuar ou não mudar apesar do alívio da outra (e viceversa). Apesar da importância desse entendimento, nem sempre é possível delimitar os limites entre esses dois tipos de dor, entretanto, sabe-se que uma resposta social negativa percebida ou invalidação (não compreensão e desconsideração de outros) impacta negativamente no bem estar psicológico (saúde mental) e físico das pessoas que vivem com FM, inclusive, acredita-se que contribua na intensificação da dor, pelo aumento da atividade neural em regiões especiais do cérebro, como a porção dorsal do córtex cingulado anterior e a ínsula anterior, que também codificam componentes afetivos da dor física. Já a dor social acarretaria no isolamento, solidão, depressão, falta de autoestima e redução da atividade física (PARSA et al., 2021). Diversos instrumentos foram desenvolvidos com objetivo de avaliar a dor psicológica, dentre os quais pode-se destacar a Escala de Dor Psicológica (Psychache Scale), a qual foi traduzida e validada em 2019 para o português de Portugal, por Campos e outros colaboradores, e neste estudo será realizada uma adaptação transcultural para o português brasileiro pelos autores deste estudo. Consoante, BARROSO et al. (2016), testaram a versão brasileira da UCLA (UCLA-BR) e verificaram que ela apresenta boa qualidade psicométrica, com capacidade de avaliar solidão em jovens de idade entre 20 a 87 anos, apresentando bom índice de fidedignidade, logo, uma medida confiável (CAMPOS et al., 2019; BARROSO et al., 2016; LUIS, 2016). O tratamento da Fibromialgia consiste em um desafio para os serviços de saúde, pois engloba tanto medidas farmacológicas e intervencionistas para dor crônica, quanto educação cognitivo-comportamental em saúde. As recomendações da Liga Europeia Contra o Reumatismo enfatizam como primeira linha para o tratamento da FM o manejo não farmacológico, juntamente a outras diretrizes clinicas internacionais que destacam a importância de considerar aspectos como personalidade, fatores contextuais, tomada de decisão compartilhada, adesão terapêutica, psicoterapia e atividade física. Dessa forma, percebe-se que a necessidade de uma avaliação global do paciente fibromiálgico levando em consideração a relação “dor físico-social” para que seja possível alcançar uma avaliação clínica e manejo adequados desses pacientes. (ANAYA et al., 2021; CUYUL-VÁSQUEZ et al., 2021; PARSA et al., 2021). UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE MEDICINA – FAMED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS – PPGCM Diante disso, objetiva-se com este estudo investigar a gravidade do sentimento de solidão, da dor psicológica e da depressão, bem como se há relação desses com o impacto causado pela doença, em mulheres que vivem com Fibromialgia. Tal investigação irá corroborar com o entendimento do perfil multifatorial da FM, além de possibilitar melhores estratégias na abordagem terapêutica e de promoção à saúde mental.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1728726 - VALFRIDO LEAO DE MELO NETO
Interno(a) - 1627935 - AUXILIADORA DAMIANNE PEREIRA VIEIRA DA COSTA E SILVA
Interno(a) - 1698535 - JORGE ARTUR PECANHA DE MIRANDA COELHO
Interno(a) - 1483526 - THIAGO SOTERO FRAGOSO
Notícia cadastrada em: 22/03/2024 09:48
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