PPCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS FACULDADE DE MEDICINA Telefone/Ramal: 32141857

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CAROLINA ABREU MACHADO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA ABREU MACHADO
DATA : 27/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: famed
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA EQUAÇÃO DO BERLIN INITIATIVE STUDY (BIS 1) PARA ESTIMAR A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM IDOSOS


PALAVRAS-CHAVES:

Avaliação.  Envelhecimento. Sistema Renal.


PÁGINAS: 35
RESUMO:

O envelhecimento é um fenômeno biológico universal onde os indivíduos e seus
órgãos envelhecem em taxas variáveis, influenciados por codificação genética e por
fatores ambientais. O sistema renal também é afetado por este processo, apresentando
alterações anatômicas, histológicas e hemodinâmicas que levam, em última instância, a
uma redução considerada “fisiológica” da taxa de filtração glomerular (TFG).
(GLASSOCK, 2016). Na prática clínica, mensurar de forma correta a TFG é de extrema
importância para a adequada classificação e acompanhamento dos indivíduos portadores
ou não, de doença renal crônica, auxiliando na redução de complicações, bem como na
correção de doses de medicamentos e na tomada de decisões quanto a necessidade de
terapias medicamentosas, procedimentos invasivos ou contrastados. (SCHAEFFNER et
al., 2012; FERNANDES, et al., 2015). A mensuração da TFG pode ser feita idealmente
através da determinação do clearance renal de algumas substâncias exógenas tais como
a inulina, iohexol ou de uma molécula radiomarcada (ex. EDTA). Porém essas medidas
são invasivas, de complexa execução e de alto custo, sendo raramente empregadas na
prática clínica diária. Sendo assim, a mensuração da TFG estimada acaba sendo mais
frequente através do clearance de creatinina na urina coletada em 24 horas.
(PÉQUIGNOT et al. 2009). A escolha da creatinina para esta finalidade deve-se ao fato
de ser produzida na musculatura esquelética e ser quase totalmente excretada via renal,
tendo uma taxa muito baixa de secreção e reabsorção tubular. Esta é uma opção mais
viável, entretanto, no idoso, a utilização da creatinina urinária traz uma série de
particularidades que acabam por interferir na aplicabilidade desta medida. Uma das
principais é a dificuldade na coleta da urina de 24 horas por questões relacionadas a
incontinência urinária, quadros demenciais ou até mesmo de imobilismo, comuns nesta
população. (PÉQUIGNOT et al. 2009) Sendo então na grande maioria dos casos,
utilizada a creatinina sérica através de fórmulas preestabelecidas e validadas para se
alcançar esta finalidade. Nos idosos, a alta prevalência de sarcopenia e de baixo
consumo proteico, especialmente nos mais frágeis, acarreta uma redução dos níveis
séricos de creatinina, que podem manter-se normais mesmo em idosos com marcada
redução da função renal. Essa alteração na relação creatinina/depuração de creatinina
(onde a creatinina se mantém constante enquanto a depuração tende a diminuir) acaba
por gerar um desafio quando o objetivo é mensurar de forma fidedigna a TFG na
população idosa. (ABREU et al., 1998). A fórmula classicamente mais utilizada é a de

Cockroft-Gault (CG) de 1976, onde a depuração de creatinina ml/min = [ (140-idade em
anos) x peso em kg / 72 x creatinina sérica mg/dl] x 0,85 se mulher. (PÉQUIGNOT et
al. 2009). Nos últimos 15 anos, novas fórmulas para estimar a TFG têm sido
desenvolvidas, incluindo as mais conhecidas como a Modification of Diet in Renal
Disease (MDRD) e Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI).
Entretanto, seu uso ainda é limitado nos idosos devido à falta de representatividade
desta população nos estudos de validação, tendo a maioria deles excluído os indivíduos
acima de 70 anos. (LENGNAN et al., 2021; XIA, F. et al., 2021). Nesse contexto, o
Berlin Initiative Study desenvolveu uma nova fórmula baseada na creatinina, sexo e
idade (BIS 1), em um estudo onde foram incluídos apenas indivíduos com mais de 70
anos de idade. (SCHAEFFNER et al., 2012). O objetivo do presente estudo é avaliar o
desempenho diagnóstico da equação de BIS 1 e comparar a concordância desta
ferramenta com as mais usadas atualmente dentro da nossa população, analisando as
possíveis variáveis relacionadas às diferenças encontradas, para que possamos dispor de
uma opção mais fidedigna, de baixo custo e fácil manejo para mensurar a função renal
nos pacientes idosos e servir de base para futuros estudos de validação com a nossa
população.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) ao Programa - 2121182 - ANDRE FALCAO PEDROSA COSTA
Interno(a) - 3621153 - JULIANA CELIA DE FARIAS SANTOS
Interno(a) - 7530212 - MERCIA LAMENHA MEDEIROS
Presidente - 2370894 - MICHELLE JACINTHA CAVALCANTE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 29/05/2023 15:52
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