PLANTAS NO AMBIENTE ESCOLAR: UM ESTUDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESTÉTICO-AMBIENTAL E DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS SOB O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
Educação Ambiental; Educação Estética; Religação dos Saberes; Plantas da Escola.
A Educação Ambiental pode ser desenvolvida de muitas formas. A partir dos conteúdos científicos, por exemplo, os professores podem politizar a realidade na qual o sujeito está inserido, propondo transformar suas ações em prol de emancipá-lo. Porém, muitas vezes, nesse contexto, não há espaço para a observação/reflexão da estética do ambiente escolar, lugar que permite vários questionamentos como: quem somos, onde estamos, o que fazemos e por que fazemos. Perguntas estritamente relacionadas ao entendimento das atitudes da humanidade frente a destruição ou conservação ambiental. Nesse contexto, a Educação Estética valoriza os sentidos na compreensão que eles provocam o surgimento de experiências que são fundamentais para a emancipação do sujeito. Sendo assim, ao unir a Educação Ambiental com Educação Estética surge a Educação Estético-Ambiental que possibilita o desenvolvimento de um ensino de reflexão-ação respeitando a subjetividade e rompendo com a visão fragmentada de mundo. Processo similar ao Paradigma da Complexidade de Edgar Morin que compreende a importância da religação dos conhecimentos e dos sujeitos em seus múltiplos aspectos. Diante disso, as plantas presentes na escola formam excelentes espaços para experenciar e construir conhecimento. Isto posto, esse projeto procura responder: Que significados e sentidos surgem da prática com plantas no espaço escolar na perspectiva da Educação Estético-Ambiental e construção de saberes ambientais fundamentados a partir do Paradigma da Complexidade? Para tanto, a pesquisa se propõe analisar percepções, significados, saberes e fazeres dos professores e alunos, de duas turmas do Ensino Médio de uma escola em Arapiraca-AL, a partir de suas relações com as plantas no ambiente escolar com foco na Educação Estético-Ambiental e na Complexidade. Ao visitarem as áreas verdes da escola, os participantes refletiram sobre as percepções e os significados desses espaços e expressaram, por meio da arte e das linguagens, em Relatos de Vivência, a maneira como se relacionam consigo, com os outros e com o meio ambiente.