PRODUÇÃO DE VÍDEOS MATEMÁTICOS DIGITAIS NOS ANOS FINAIS
Produção de vídeos matemáticos digitais; anos finais; áreas de figuras planas.
Este estudo descreve o percurso de uma pesquisa de doutorado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação da Rede Nordeste de Ensino (RENOEN), polo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), junto à linha de pesquisa “Práticas Pedagógicas no Ensino de Ciências e Matemática”. Intenciona-se analisar de que modo os saberes e fazeres para o estudo de áreas de figuras planas emergem a partir da produção de vídeos matemáticos digitais nos anos finais. O problema norteador da pesquisa foi: de que modo os saberes e fazeres para o estudo de áreas de figuras planas emergem a partir da produção de vídeos matemáticos digitais nos anos finais? É uma pesquisa de natureza qualitativa com base em Flick (2009) e Creswell (2010) e do tipo pesquisa intervenção (Galvão e Galvão (2017), envolvendo 20 alunos do 6º ano do ensino fundamental, de uma escola pública no município de Santana do Ipanema–AL. Para compor nosso corpus utilizamos entrevistas semiestruturadas, produção dos roteiros e dos vídeos matemáticos digitais dos alunos. Para a construção dos dispositivos de análise, baseamo-nos na Análise de Conteúdo (Bardin, 2016; Franco, 2019 e Rodrigues 2019). Perante as análises, é possível concluir: 1) que os participantes, puderam refletir e dialogar sobre a importância da inserção da produção de vídeos nos cenários educacionais; 2) a produção dos vídeos foi visto pelos alunos como uma estratégia que possibilita aprender o conteúdo, desenvolver seu protagonismo estudantil, perder o medo de falar em público e estudar mais, pois assumiam uma postura de ensinar através do vídeo o assunto abordado e 3) essa prática pode favorecer momentos de aprendizagem e compreensão do conteúdo, quando elaborando seus os roteiros, trocando ideias com os colegas e produzindo os vídeos a respeito do conteúdo ensinado. A pesquisa evidenciou que a produção de vídeos digitais matemáticos vem ganhando espaço nos cenários educativos, uma vez que os alunos estão cada vez mais imersos nesses ambientes tecnológicos que possibilitam aos envolvidos momentos de autonomia, reflexão e protagonismo.