BASES DO MANEJO ECOLÓGICO DE LAGARTAS DESFOLHADORAS (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE: HELICONIINAE) EM MARACUJAZEIRO Passiflora spp. (PASSIFLORACEAE)
Genótipos, Maracujá, Fontes de Resistência, Preferência hospedeira, Aspectos biológicos, Eueides isabella dianasa.
No Brasil, são reconhecidas mais de 200 espécies nativas de maracujazeiro, Passiflora spp. (Passifloraceae), incluindo genótipos comercias e silvestres. Surtos populacionais de insetos, porém, são considerados entraves condicionantes para a produção. As lagartas desfolhadoras da subfamília Heliconiinae (Lepidoptera: Nymphalidae), com destaque para a espécie Eueides isabella dianasa (Hübner) (Lepidoptera, Nymphalidae) configuram-se como um dos principais desafios fitossanitários para a cultura do maracujá. Assim, o desenvolvimento de programas eficientes de Manejo Ecológico de Pragas (MEP) preconiza a avaliação de fonte de resistências nos diferentes genótipos utilizados. Desta forma os objetivos da presente pesquisa foram: (i) Avaliação da preferência hospedeira e consumo foliar de E. isabella dianasa em diferentes genótipos de Passiflora spp.; e (ii) Avaliação de aspectos biológicos de E. isabella dianasa em diferentes genótipos de Passiflora spp. De forma geral, os resultados obtidos indicam que os genótipos: Passiflora alata Curtis (maracujá doce) e Passilflora cincinnata Mast (maracujá silvestre) obtiveram menor preferência hospedeira, sendo o genótipo Passiflora edulis Sims (maracujá azedo) o mais atrativo para lagartas de E. Isabella dianasa com três e dez dias de idade. O consumo da área foliar dos genótipos diferiram estatisticamente entre si, sendo P. edulis (95,15%) o genótipo mais consumido, seguido de P. cincinnata (24,54%) e P. alata (0,70%). A partir dos resultados obtidos para aspectos biológicos, podemos inferir os genótipo utilizados não influenciaram os períodos e pesos larval e pupal, porém, afetaram os parâmetros de sobrevivência larval, viabilidade larval e pupal, além da longevidade de adultos, demontrando que o genótipo P. edulis (Maracujá azedo) pode ser considerado o mais adequado ao desenvolvimento de E. isabella dianasa quando comparado ao genótipo P. cincinnata (Maracujá silvestre) e P. alata (Maracujá doce), sendo esse último considerado inadequado ao desenvolvimento de E. isabella dianasa.