ESTRATÉGIAS DE CONTROLE BIOLÓGICO DA PODRIDÃO FLORAL DOS CITROS
antagonismo; bioensaio; bioprodutos; estrelinha dos citros; citricultura
A compreensão das populações antagônicas tem potencial para a elaboração de estratégias de gerenciamento de campo e aumento da eficácia do controle biológico. Assim, o objetivo da pesquisa foi avaliar a eficiência do controle biológico in vitro, da podridão floral dos citros, utilizando isolados de bactérias provenientes de diferentes ambientes no estado de Sergipe em ensaios mantidos na coleção de bactérias do Laboratório de Fitopatologia e Bioinsumos (LAFiBiO) da Universidade Federal de Sergipe. Eles foram confrontados com isolados do fitopatógeno. Os experimentos de antagonismo seguiram um delineamento inteiramente casualizado, conduzidos sob condições controladas. Foram utilizadas placas de Petri contendo meio de cultura apropriado. Parâmetros como crescimento micelial e formação de halo de inibição foram avaliados para identificar instâncias de antagonismo. Isolados antagônicos foram caracterizados quanto à morfologia da colônia, pigmentação e coloração de Gram e, testados quanto à suscetibilidade a antibióticos e capacidade de formação de biofilme. Os resultados indicaram que diversos microrganismos testados apresentaram efeito antagônico sendo o Bacillus siamensis, Bacillus sp., Bacillus. safensis subsp. safensis, e Azospirillum brasilense os que se destacaram. Entre esses o Azospirillum brasilense teve efeito expressivo chegando a inibir 79,3% o crescimento. Observou-se que a maioria das bactérias estudadas foi classificada como forte produtora de biofilme, o que pode favorecer sua persistência no ambiente e eficácia no controle biológico. Os resultados deste estudo reforçam o potencial do controle biológico como alternativa sustentável ao uso de fungicidas sintéticos no manejo da podridão floral dos citros, reduzindo impactos ambientais e riscos de resistência do fitopatógeno.