CONSERVADORISMO E AS RELAÇÕES PATRIARCAIS DE GÊNERO: expressões na violência contra mulheres no Brasil
Conservadorismo; Patriarcado; Violência contra as mulheres.
O conservadorismo, impulsionado pelo fortalecimento de setores conservadores na sociedade, emerge como tema de crescente relevância no Brasil e no cenário internacional. No contexto brasileiro, observa-se um avanço significativo de pautas conservadoras, o que influencia diretamente a questão da violência contra as mulheres, historicamente legitimada por sistemas de dominação e opressão. Assim, esta pesquisa busca responder à seguinte pergunta central: De que forma as expressões do conservadorismo e as relações patriarcais de gênero se manifestam na violência contra as mulheres no Brasil contemporâneo, particularmente no período pós-2016 marcado pelo golpe político? A metodologia adotada é qualitativa com a utilização dos dados, a partir de fontes secundárias. Na pesquisa bibliográfica utilizamos as contribuições teóricas e intelectuais de mulheres feministas, com especial atenção à produção de intelectuais negras que oferecem análises potentes e necessárias sobre as imbricações entre classe, gênero, raça e violência no contexto brasileiro. Na pesquisa documental nos debruçamos sobre as legislações de combate à violência contra as mulheres para analisarmos as respostas institucionais no enfrentamento da violência. Por fim, este trabalho reflete a violência contra as mulheres numa sociedade capitalista, patriarcal e racista, a partir das relações, conexões e contradições presentes.