Banca de QUALIFICAÇÃO: AFONSO DE LIMA XAVIER

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AFONSO DE LIMA XAVIER
DATA : 31/10/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de informática, hibrido
TÍTULO:

ECOLOGIA ALIMENTAR DO PEIXE-LEÃO (Pterois volitans) NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA, ATLÂNTICO SUL, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Bioinvasão, Espécie invasora, Conteúdo estomacal.


PÁGINAS: 25
RESUMO:

O Peixe-leão (Pterois volitans), espécie originária do Indo-Pacífico é considerada um dos mais relevantes casos de espécie de peixe predador invasor, devido ao seu potencial de gerar impactos ecológicos, econômicos e sociais. Possuindo hábitos noturnos, estratégias predatórias únicas e dieta ampla, o Peixe-leão consome grandes quantidades de peixes, bem como pequenos invertebrados. Partindo desse contexto e buscando identificar os possíveis impactos que o Peixe-leão pode causar nas comunidades recifais do Atlântico Sul, buscamos conhecer a ecologia trófica dos Peixes-leão capturados no Arquipélago de Fernando de Noronha, tendo como base a análise do conteúdo estomacal. Foram empregados os métodos de relação peso-comprimento, Teste de jackknife 1 para estimar a riqueza das presas, aplicação do Índice de Importância Relativa (IRI) para conhecer a importância dos itens alimentares na dieta, bem como a representação gráfica da estratégia alimentar e a amplitude de nicho trófico. Foram capturados e analisados 217 Peixes-leão, com Comprimento Total variando de 9,0-42,7cm (± 22,2cm) e Peso Total 3,60-940g (± 202,44g), destes, 62 foram caracterizados como fêmeas, 36 como machos e 119 foram indivíduos de sexo indeterminado. As relações de peso-comprimento estimadas foram isométricas para fêmeas e para machos, apresentando alta correlação para ambos. Em relação a dieta, foram identificados 28 itens alimentares, incluindo espécies endêmicas, como Stegastes pictus, Stegastes rocasensis, Ophioblennius trinitatis e Malacoctenus lianae que constituem novos registros para a dieta do Peixe-leão no Atlântico. O teste de Jackknife 1 sugeriu que cerca de 12 itens (presas) ainda poderiam ser encontrados na dieta de P. volitans. De acordo com os valores de IRI, o Peixe-leão apresentou uma dieta majoritariamente piscívora, com peixes pertencentes a 14 famílias, sendo a categoria mais importante (IRI%=99,31). Os itens secundários e ocasionalmente consumidos foram os crustáceos (IRI%=0,52). Destacamos a presença de fibras sintéticas e glitter (N%=2,55, IRI%=0,15). A riqueza de presas encontradas nos estômagos indica que P. volitans seja um predador generalista e oportunista, embora o método gráfico para estratégia de alimentação sugira alguma especialização em algumas presas. A amplitude de nicho trófico apresentou baixo valor para o Peixe-leão (Bp=0,12), o que pode estar relacionado a elevada frequência de algumas presas nos estômagos. Nossos resultados trazem informações inéditas sobre a invasão do Peixe-leão no ponto mais extremo do Atlântico Sul até o momento, fornecendo dados preciosos sobre a população estabelecida no Arquipélago de Fernando de Noronha e suas presas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1639893 - CLAUDIO LUIS SANTOS SAMPAIO
Interno(a) - 1219840 - NIDIA NOEMI FABRE
Externo(a) à Instituição - Marcelo Fulgêncio Guedes de Brito - UFS
Externo(a) à Instituição - TOMMASO GIARRIZZO - UFC
Notícia cadastrada em: 11/10/2024 08:27
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