Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS RAFAEL DA GRACA DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCAS RAFAEL DA GRACA DANTAS
DATA : 28/05/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Evento Remoto através do google meet
TÍTULO:

DIVERGÊNCIA FUNCIONAL E VULNERABILIDADE EM COMUNIDADES
BENTÔNICAS DE PLATAFORMA CONTINENTAL RASA, CRONICAMENTE
ESTRESSADAS PELA PESCA DE ARRASTO DE CAMARÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Diversidade funcional, pesca de arrasto, traços biológicos, resiliência ecossistêmica, macroinvertebrados bentônicos.

 


PÁGINAS: 22
RESUMO:

As comunidades bentônicas desempenham funções ecossistêmicas essenciais, como ciclagem de nutrientes e manutenção de habitats, mas são altamente impactadas pela pesca de arrasto de fundo. Este estudo investigou a estrutura funcional das comunidades epifaunais e infaunais em uma área de pesca de camarão no Nordeste do Brasil, avaliando sua vulnerabilidade ao arrasto. Foram coletadas amostras de macroinvertebrados epifaunais e infaunais em duas profundidades (10 e 20 m) durante as estações seca e chuvosa. Traços biológicos relacionados à mobilidade, hábito alimentar, tamanho corporal e fragilidade foram utilizados para calcular índices de diversidade funcional (e.g., redundância, riqueza, equitatividade) e escores de vulnerabilidade. Análises estatísticas incluíram PERMANOVA e nMDS para comparar comunidades e a influência da sazonalidade e da profundidade. A epifauna apresentou maior redundância funcional e maior vulnerabilidade, dominada por espécies de superfície com carapaça rígida. A infauna exibiu maior diversidade funcional (RaoQ) e equitatividade, com traços associados a menor vulnerabilidade (e.g., enterramento, mobilidade). Ambas as comunidades não apresentaram diferenças em relação às variações sazonais e profundidade. Entidades funcionais com baixa vulnerabilidade (escore 3) foram as mais abundantes, sugerindo perda histórica de espécies sensíveis. A dominância de traços tolerantes reflete a pressão seletiva do arrasto, com a epifauna sendo considerada mais vulnerável. A infauna, embora mais diversa funcionalmente, também apresenta risco de perda de funções ecossistêmicas devido à baixa redundância. Medidas de manejo, como zonas de exclusão e modificações em artes de pesca, são recomendadas para mitigar impactos. O estudo demonstra que o arrasto crônico homogeniza as comunidades bentônicas, favorecendo espécies resistentes e reduzindo a resiliência do ecossistema. A abordagem baseada em traços funcionais mostrou-se eficaz para avaliar impactos antropogênicos em ambientes marinhos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1544255 - TACIANA KRAMER DE OLIVEIRA PINTO
Interno(a) - 1278133 - GUILHERME RAMOS DEMETRIO FERREIRA
Externo(a) à Instituição - CARLINDA RAILLY FERREIRA MEDEIROS
Externo(a) à Instituição - PAULO JORGE PARREIRA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 22/05/2025 17:37
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