Banca de DEFESA: ANNY CAROLINY SANTOS LOZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANNY CAROLINY SANTOS LOZ
DATA : 30/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: remoto https://meet.google.com/hzt-zadv-gti
TÍTULO:

Tamanho Corpóreo, Fisiologia Térmica e Potenciais Impactos das Mudanças Climáticas em duas espécies de rãs       (Anura: Leptodactylidae: Leptodactylus) na Mata Atlântica Setentrional do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Ecofisiologia. Ectotermia. Modelagem Híbrida Mecanicista.


 


PÁGINAS: 56
RESUMO:

As mudanças climáticas têm provocado impactos significativos sobre a biodiversidade. Os vertebrados ectotérmicos, cuja fisiologia depende diretamente da temperatura ambiental, são mais sensíveis a estes impactos. Dentre os vertebrados, os anfíbios representam o grupo mais vulnerável, devido a sua pele nua, permeável e dependência da umidade. Organismos de menor tamanho corpóreo geralmente são mais sensíveis às variações térmicas devido à alta taxa metabólica e relação superfície-volume, enquanto os de maior tamanho tendem a apresentar maior tolerância e estabilidade frente a flutuações ambientais. Nesse contexto, rãs do gênero Leptodactylus configuram-se como modelos adequados para avaliar a relação entre tamanho corpóreo, variação de temperatura e vulnerabilidade de anfíbios tropicais. Para isso, foram coletados indivíduos de Leptodactylus vastus e L. natalensis na Área de Proteção Ambiental do Catolé e Fernão Velho, uma área de Mata Atlântica em Maceió, Alagoas, Nordeste do Brasil. Experimentos laboratoriais de fisiologia térmica foram realizados para obtenção de dados da temperatura preferencial (Tpref), temperaturas voluntárias mínimas e máximas (Vtmin e Vtmax), temperaturas críticas mínimas e máximas (Ctmin e Ctmax), margem de segurança térmica e tolerância ao estresse térmico. Adicionalmente, foi aplicada modelagem de nicho ecológico híbrida mecanicista, incorporando dados fisiológicos e ambientais em dois cenários climáticos, sendo um intermediário e um pessimista, (SSP2-4.5 e SSP5-8.5, respectivamente) para 2041–2060. Os resultados indicam que L. vastus e L. natalensis apresentam estratégias fisiológicas distintas frente ao estresse térmico, refletindo diferentes graus de vulnerabilidade às mudanças climáticas. A margem de segurança térmica reduzida de L. vastus pode limitar sua persistência frente a cenários de aquecimento, enquanto L. natalensis, apesar de menor tolerância a extremos, exibe maior flexibilidade na zona de desempenho térmico. A modelagem preditiva indicou que, sob o cenário SSP2-4.5, L. vastus tende a sofrer redução e fragmentação de áreas adequadas, enquanto L. natalensis mantém maior adequabilidade em regiões costeiras. Entretanto, no cenário SSP5-8.5, ambas as espécies mostraram alterações de distribuição, com expansão em algumas áreas e retração em outras. Esses achados reforçam a importância de integrar dados fisiológicos a modelos de distribuição para prever potenciais riscos de declínio populacional e subsidiar estratégias de conservação de anfíbios neotropicais frente a cenários de crise climática.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714987 - TAMI MOTT
Interno(a) - 1278133 - GUILHERME RAMOS DEMETRIO FERREIRA
Interno(a) - 2882780 - RICHARD JAMES LADLE
Externo(a) ao Programa - ***.343.127-** - LUISA MARIA DIELE VIEGAS COSTA SILVA - UFAL
Externo(a) à Instituição - CARLOS FREDERICO DUARTE DA ROCHA - UERJ
Notícia cadastrada em: 23/09/2025 15:03
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