PPGG PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE Telefone/Ramal: 99992-2210/1441

Banca de DEFESA: JOSÉ GOMES DOS SANTOS LEAL NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ GOMES DOS SANTOS LEAL NETO
DATA : 25/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Webconferência
TÍTULO:

ESTUDO DA ESTABILIDADE GEOMORFOLÓGICA DAS FALÉSIAS DE CARRO
QUEBRADO, LITORAL NORTE DE ALAGOAS


PALAVRAS-CHAVES:

Morfodinâmica costeira. Encostas costeiras. Abrasão marinha. Riscos
geomorfológicos costeiros


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O presente estudo abordou a estabilidade geomorfológica das falésias da praia de Carro Quebrado, localizadas no Litoral Norte de Alagoas, nos municípios de Barra de Santo Antônio e Passo de Camaragibe, distantes cerca de 50 km de Maceió. Essas morfologias são o produto da interação de processos morfodinâmicos marinhos, fluviais e pluviais, desempenhando um papel significativo na proteção costeira e de seus serviços ecossistêmicos. A análise foi realizada em um trecho de aproximadamente 4,2 km, composto por falésias íngremes e escalonadas, ativas e inativas. Onde foram identificados e quantificados os potenciais riscos geomorfológicos frente aos processos de uso e ocupação das terras ao longo das falésias. Além de uma caracterização geomorfológica, mapeamento das formas de uso e ocupação das terras, classificação do grau de estabilidade morfodinâmica e do grau de riscos geomorfológicos potenciais, frente às características morfodinâmicas locais e as formas de uso e ocupação atuais e futuras. Os procedimentos metodológicos
envolveram revisão bibliográfica e cartográfica além daqueles referentes a caracterização geomorfológica,
levantamento de dados cartográficos, análises de campo, processamentos em ambiente SIG e elaboração de um modelo cartográfico. O de uso e ocupação das terras foi realizado com base em imagens de 2024 da companhia Airbus, para identificação de classes de uso e mensuração de seus impactos nas falésias. Para a hierarquização da estabilidade morfodinâmica, foram aplicadas duas metodologias: análise do Índice de Perigo e Instabilidade (IPI), que consistiu na identificação dos fatores que causam instabilidade morfodinâmica, com atribuição de pesos e notas, cálculo do IPI e elaboração do mapa de instabilidade; e a análise quantitativa da taxa de recuo das falésias entre os anos de 2002 e 2024. A etapa de identificação e classificação dos riscos geomorfológicos foi dividida em duas partes: a primeira envolveu a análise de mecanismos de ruptura e movimentos de massa, e a segunda, o mapeamento e caracterização das áreas de risco. De posse dos resultados, foi possível compartimentar a área em três setores: Norte, Central e Sul, cada um com características que refletem suas dinâmicas naturais e condições ambientais na paisagem. O mapeamento do uso e cobertura da terra possibilitou a identificação de sete classes: vegetação densa; vegetação rasteira; cana-de-açúcar; pasto; solo exposto; construções e; corpos d’água. O setor central foi o que apresentou, em uma faixa de 10 metros a partir da borda do tabuleiro costeiro, porção superior das falésias, a maior concentração das classes mais suscetíveis a
risco de erosão, com solo exposto compondo 46,14%, e cana-de-açúcar, 26,38% da área total. Já o IPI dos setores Norte e Central revelou que eles possuem os maiores níveis de instabilidade, com classes de perigo muito alto, 15% (836.821m) no setor Norte e 16% (904.191 m) no setor Central. Além disso, esses setores apresentaram áreas com perigo alto, representando 15% (399.202 m) no setor Norte e 7% (199.326 m) no setor Central. A taxa de recuo das falésias foi de 51.554,873 m², com maior recuo no setor Norte (1.268,43 m²) devido à maior efetividade da abrasão marinha. O setor Sul, com falésias inativas, apresentou a menor taxa de recuo, uma vez que apresenta uma pequena planície costeira e cobertura vegetal densa. A identificação dos riscos geomorfológicos indicou que os setores Norte e Central possuem mais feições erosivas e registros de movimentos de massa, consequentemente maior exposição de moradores circunvizinhos e visitantes ao perigo. A delimitação das áreas de risco destacou locais de risco muito alto nas bases das falésias do setor Norte e nas áreas no topo e na base no setor Central. Espera-se que os resultados ajudem a difundir essa temática, ainda pouco explorada no Estado, bem como, contribua para estudos futuros e, se adotados, apoiem a tomada
de decisões pelo Poder Público e setores produtivos das regiões costeiras.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1881518 - BRUNO FERREIRA
Externo(a) à Instituição - Cristiano Aprígio dos Santos - UFS
Interno(a) - 1574934 - NIVANEIDE ALVES DE MELO FALCAO
Notícia cadastrada em: 05/02/2025 09:17
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