Banca de DEFESA: DIVA CRISTINA BARBOSA SURUAGY

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIVA CRISTINA BARBOSA SURUAGY
DATA : 25/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Webconferência
TÍTULO:

ÁREAS DE RISCO GEOMORFOLÓGICOS ASSOCIADAS A INSTABILIDADE DAS FALÉSIAS DA PRAIA DE LAGOA AZEDA, MUNICÍPIO DE JEQUIÁ DA PRAIA, LITORAL SUL DE ALAGOAS.

PALAVRAS-CHAVES:

Geomorfologia costeira; Erosão Costeira; Falésia; Risco.

PÁGINAS: 80
RESUMO:

A pesquisa teve como objetivo identificar e avaliar os riscos geomorfológicos associados à instabilidade das falésias, analisando a variação da linha de costa, as formas de uso e ocupação do solo e a classificação morfológica das falésias. Mediante técnicas de geoprocessamento, análises de campo e revisão bibliográfica, foram setorizadas as áreas com os níveis distintos de risco, identificados os processos erosivos e avaliada a influência de fatores naturais e antrópicos na instabilidade das feições. Em 2024, foi iniciada a construção do muro de contenção na praia de Lagoa Azeda, visando reduzir os danos causados pelos processos erosivos e garantir a segurança da população. Por esta razão, atualmente o risco geomorfológico na área edificada foi classificado como baixo. Entretanto, há outras problemáticas identificadas em Lagoa Azeda que geram degradação ao ecossistema. A falta de cumprimento da Legislação Ambiental e a ausência de um planejamento adequado contribuem para a fragilidade do sistema de proteção ambiental da área. A agricultura, presente na região há décadas, é permitida pelo Código Florestal (2012). No entanto, o cultivo de cana-de-açúcar nas proximidades das falésias modifica a paisagem, contribuindo para a formação de ravinas e voçorocas, o que, por sua vez, fragiliza as falésias e aumenta o risco. Segundo a análise da variação da linha de costa, a área urbana, com suas infraestruturas e atividades, influencia a dinâmica do sistema costeiro. As estruturas de contenção, somadas aos arenitos, estão contribuindo para o processo de progradação no setor sul, enquanto o setor central encontra-se estável e o setor norte é marcado pela retrogradação, sendo também a área de maior risco geomorfológico. A interação entre fatores antropogênicos e naturais resulta em distintas tipologias geomorfológicas. As falésias dissecadas predominam, com forte suscetibilidade à erosão pluvial, enquanto as escalonadas e carstificadas são menos frequentes. A classificação dessas feições contribui para o entendimento dos processos de erosão e estabilidade das falésias, permitindo um diagnóstico mais preciso dos riscos. A pesquisa demonstra a necessidade de ações para mitigar os riscos associados à instabilidade das falésias em Lagoa Azeda e a proteção das APPs, visto que 40 % da área analisada apresenta risco muito alto a movimentos de massa. São necessárias ações integradas que envolvam o Poder Público, a comunidade local e pesquisadores, visando a implementação de medidas de controle, como monitoramento contínuo, sinalização de áreas de risco, educação ambiental e planejamento territorial.

MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1717255 - ANA PAULA LOPES DA SILVA
Presidente - 1881518 - BRUNO FERREIRA
Externo(a) à Instituição - OSVALDO GIRÃO DA SILVA