Banca de QUALIFICAÇÃO: FELIPE PAULINO DA SILVA MELO
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE PAULINO DA SILVA MELO
DATA : 29/08/2025
HORA: 09:30
LOCAL: WEB CONFERÊNCIA
TÍTULO:
OS IMPACTOS DO PERÍODO DE INUNDAÇÃO DO RIO MUNDAÚ PARA A CIDADE DE SANTANA DO MUNDAÚ EM ALAGOAS/BR
PALAVRAS-CHAVES:
Vulnerabilidade social; Inundações; Ordenamento territorial; Gestão de riscos.
PÁGINAS: 45
RESUMO:
Esta pesquisa em andamento investiga os impactos das inundações recorrentes no município de Santana do Mundaú, localizado na Zona da Mata de Alagoas, enfatizando a relação entre a dinâmica fluvial do rio Mundaú e a ocupação territorial urbana e rural. Fundamentada nos conceitos de “território usado” e “vulnerabilidade socioambiental” de Milton Santos, a abordagem teórica considera a urbanização desordenada e a ocupação irregular das margens do rio como processos historicamente vinculados à ausência de políticas eficazes de ordenamento territorial e gestão de riscos, potencializando a exposição das populações a eventos hidrometeorológicos extremos.
O problema central consiste em compreender como a desorganização territorial influencia a vulnerabilidade socioespacial e a reorganização do espaço geográfico após eventos de inundação, analisando as formas de uso e apropriação do solo em áreas de risco. O objetivo geral é analisar os impactos das inundações na configuração territorial de Santana do Mundaú, identificando os fatores estruturais e sociais que contribuem para a vulnerabilidade e propondo diretrizes para mitigação e resiliência.
A metodologia adotada é de natureza qualitativa e quantitativa, fundamentada no materialismo histórico-dialético, combinando revisão bibliográfica, levantamento e análise de dados secundários (IBGE, IPEA, SEBRAE), cartografia temática, observação de campo, registro fotográfico e entrevistas semiestruturadas com moradores, lideranças comunitárias e representantes do poder público.
Os resultados parciais indicam que a ocupação irregular das áreas inundáveis decorre de processos históricos de marginalização social, associada à pressão por moradia em setores economicamente fragilizados, resultando na degradação ambiental, na redução das áreas de infiltração e no agravamento da frequência e intensidade das inundações. Também se observam fragilidades nas ações preventivas do poder público, ausência de sistemas de alerta eficientes e desafios para a implementação de políticas integradas de ordenamento territorial e gestão de riscos. Esses elementos reforçam a necessidade de estratégias adaptativas que conciliem justiça socioambiental, reestruturação urbana e fortalecimento das capacidades locais de enfrentamento aos desastres hidrológicos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1214339 - ANTONIO ALFREDO TELES DE CARVALHO
Presidente - 1872848 - GILCILEIDE RODRIGUES DA SILVA
Externo(a) ao Programa - 1495516 - LUCIANE MARANHA DE OLIVEIRA MARISCO - null