DETECÇÃO DO VÍRUS CHIKUNGUNYA EM STEGOMYIA AEGYPTI: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM ALAGOAS
Arbovírus, CHIKV, Epidemiologia, Stegomyia aegypti.
A crescente incidência de doenças transmitidas por mosquitos, como a febre da dengue e chikungunya, tem se tornado uma preocupação significativa em várias regiões do Brasil, especialmente em áreas urbanas e periurbanas. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo investigar a presença do mosquito Stegomyia aegypti e a detecção do vírus chikungunya (CHIKV) em áreas endêmicas do estado de Alagoas, com foco na capital, Maceió, entre janeiro e junho de 2024. A escolha das localidades avaliadas se baseou na alta incidência de casos de dengue e chikungunya, conforme os dados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa). Foram coletados 980 mosquitos, dos quais 504 foram identificados como S. aegypti, representando 51,43% do total, com uma proporção de 48,41% de fêmeas. As coletas foram realizadas em horários específicos da manhã, utilizando aspiradores a vácuo e os mosquitos foram identificados por características morfológicas. A extração de RNA foi realizada em fêmeas individualizadas e pools de machos, seguida pela detecção de CHIKV por RT-qPCR. Os resultados mostraram que 4 fêmeas e 1 pool de machos testaram positivo para CHIKV, sendo todas as amostras negativas para as quatro variantes do vírus da dengue. A alta prevalência do vetor se deu no bairro da Ponta Verde, local em que foram detectadas amostras positivas para o vírus em questão. Este estudo reforça a necessidade de vigilância epidemiológica de vetores como um dos fatores de prevenção de surtos da febre Chikungunya, por meio do controle da população de vetores em áreas endêmicas.