PPGA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA CAMPUS DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AGRÁRIAS Telefone/Ramal: 99953-0176

Banca de DEFESA: JHULYANNE CHRISTINY MARCELINO DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JHULYANNE CHRISTINY MARCELINO DOS SANTOS
DATA : 01/09/2023
HORA: 13:50
LOCAL: PRÉDIO DA PÓS/CECA
TÍTULO:

EFEITO DA SECA SAZONAL EM COMUNIDADES NATURAIS E CULTIVADAS
DE CAMBUIZEIRO (Myrciaria floribunda (H.WEST EX WILLD.) O.BERG):
RELAÇÕES HÍDRICAS, TROCAS GASOSAS, EFICIÊNCIA FOTOQUÍMICA E
PIGMENTOS FOTOSSINTETIZANTES


PALAVRAS-CHAVES:

Fotossíntese. Restinga. Fluorescência da clorofila a. Seca sazonal.
Myrtaceae. Trocas gasosas.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

Myrciaria floribunda O. Berg é uma espécie frutífera da família Myrtaceae, com grande
potencial para exploração econômica devido às características nutricionais de seus frutos que
podem ser consumidos tanto in natura quanto processados. Essa espécie não é domesticada
nem cultivada e ocorre naturalmente em áreas de restinga do Sul de Alagoas, em Sergipe e
outros estados brasileiros, de onde é retirada através do extrativismo por populações locais. Em
Alagoas, as áreas de ocorrência dessa espécie são, em mais de 70%, áreas de preservação
ambiental, movimentando catadores e a economia durante a sua safra anual que ocorre
geralmente nos meses de chuva na região (outono-inverno). É uma espécie com ampla
distribuição geográfica, ocorrendo desde o Pará ao Rio Grande do Sul, podendo ser encontrada
nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, com populações de plantas que se
adaptaram as condições de clima e solo dos locais onde ocorrem, tornando-se exclusivas
daquele ambiente, dando origem a vários ecótipos. Em Alagoas pode ser encontrada
naturalmente em áreas de Restinga, com registos nos municípios de Coruripe, Feliz Deserto,
Piaçabuçu e Penedo. O estado de Alagoas tem como característica climática a ocorrência de
períodos secos seguidos por período de chuvas, por isso é importante entender como essa planta
responde a variação sazonal de chuvas e quais processos fisiológicos estão envolvidos na
adaptação de disponibilidade hídrica nos diferentes ambientes. O experimento I teve por
objetivo avaliar como a Myrciaria floribunda tolera períodos de secas sazonais em seu habitat
natural e identificar os mecanismos fisiológicos envolvidos nesse processo, foi realizado em
três localidades distintas do Estado de Alagoas nas estações seca e chuvosa nos anos de 2020 e
2021, respectivamente. As localidades selecionadas foram em Feliz Deserto e Piaçabuçu (in
situ) e Rio Largo (ex situ). Neste estudo foram comparados diversos parâmetros fisiológicos
em 24 progênies adultas de M. floribunda, selecionadas em cada área estudada. Considerando
as trocas gasosas, o comportamento de gs e E foi similar entre as plantas nas três localidades,
sendo maior no período chuvoso. A concentração de clorofila a, b, total e carotenoides foram
maiores no período chuvoso do que no período seco nos municípios de Feliz Deserto e
Piaçabuçu, indicando que as plantas dessas localidades tiveram a biossíntese dos pigmentos
fotossintéticos limitada pela restrição hídrica. No experimento II estudou-se os mesmos
parâmetros fisiológicos do experimento I sendo conduzido em condições de campo no
município de Rio Largo, com dois tratamentos: plantas sempre irrigadas versus plantas de não
irrigado (até a taxa fotossintética líquida das plantas atingirem valores próximos de zero) e,
posteriormente, reidratadas. Nesse estudo, foi constatado que a fotossíntese de plantas de
Myrciaria floribunda é sensível à redução da disponibilidade de água em períodos de baixa
precipitação em condições de campo com reflexos no aproveitamento da energia luminosa. O
conhecimento dos mecanismos fisiológicos que atuam nas plantas de Myrciaria floribunda, em
diferentes condições hídricas é fundamental para que seja possível estabelecer estratégias, de
manejo que visem o melhor aproveitamento e exploração da cultura bem como entender a
relação entre taxas de assimilação de carbono e a produtividade da cultura sugerindo assim que
novos estudos mais amplos devem investigar tais relação com foco na produção.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - CLAUDIANA MOURA DOS SANTOS - IFAL
Interno(a) - 1120584 - EURICO EDUARDO PINTO DE LEMOS
Externo(a) à Instituição - JOÃO GOMES DA COSTA
Presidente - 1347702 - LAURICIO ENDRES
Interno(a) - 1347716 - VILMA MARQUES FERREIRA
Notícia cadastrada em: 28/08/2023 11:09
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