ADAPTABILIDADE DIFERENCIAL ENTRE ISOLADOS DE bean golden mosaic virus E Macroptilium yellow spot virus EM HOSPEDEIRAS LEGUMINOSAS, E AVALIAÇÃO DO EFEITO LETAL DOS EXTRATOS ETANÓLICOS DE Annona muricata e A. squamosa SOBRE ADULTOS DE Bemisia tabaci
Adaptabilidade viral, Annonaceae, Begomovirus, controle alternativo, mosca-branca
Entre os diversos problemas fitossanitários que afetam a cultura dos feijoeiros, as begomoviroses destacam-se como uma das principais preocupações. Embora várias espécies tenham sido observadas infectando naturalmente esses hospedeiros, dois vírus em particular, o bean golden mosaic virus (BGMV), assume uma importância econômica significativa no Brasil. O gênero Begomovirus (família Geminiviridae), é caracterizado por seu genoma de DNA circular de fita simples, encapsulado em partículas quasi-icosaédricas geminadas. Eles são transmitidos de forma persistente-circulativa por insetos do complexo Bemisia spp. e têm a capacidade de infectar uma ampla variedade de plantas dicotiledôneas. O Macroptilium yellow spot virus (MaYSV), um begomovírus que teve sua origem inicialmente em leguminosas não cultivadas, tem surgido como um patógeno de grande relevância para o feijoeiro na região Nordeste do Brasil. A incidência dessas begomoviroses nos feijoeiros pode causar sérios prejuízos econômicos devido à redução na produtividade e qualidade dos grãos. Por isso, é fundamental implementar medidas de manejo integrado de pragas e doenças para mitigar os impactos desses vírus. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de clones infecciosos de BGMV e MaYSV em causar infecção sistêmica em feijão-comum, feijão-fava e Macroptilium lathyroides. Para isso, foram conduzidos ensaios de infecção simples e mista dos isolados, bem como ensaios de transmissão pela mosca-branca B. tabaci MEAM1. Com base nos resultados, observou-se que o BGMV demonstrou melhor aptidão em causar infecção sistêmica nas três plantas hospedeiras em ambos os ensaios. Além disso, foi avaliado o efeito letal de extratos etanólicos de Annona muricata (graviola) e A. squamosa em insetos adultos de mosca-branca. Os resultados indicaram que ambos os extratos apresentaram toxicidade ao inseto, sendo que o extrato de pinha foi mais tóxico em comparação com o de graviola em todos os bioensaios.