Banca de DEFESA: YOLANDA DE MELO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YOLANDA DE MELO DE OLIVEIRA
DATA : 26/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula do prédio da pós-graduação
TÍTULO:

Transmissão, Incidência e Caracterização molecular de Begomovirus associados a Phaseolus lunatus na região Nordeste

PALAVRAS-CHAVES:

Geminiviridae, Fabaceae, mosca-branca.

PÁGINAS: 60
RESUMO:

O gênero Phaseolus pertence à família Fabaceae, é originário das Américas possuindo em torno de 81 espécies. Entre essas espécies, o feijão comum (Phaseolus vulgaris) e o feijão-fava (Phaseolus lunatus) são as mais importantes economicamente e cultivadas no Brasil. O feijão desempenha um papel importante na alimentação humana, sendo uma fonte mais barata de proteína em comparação com a carne, ovo e peixe. O gênero Begomovirus (família Geminiviridae) está entre o grupo de patógenos mais prejudiciais que infectam essas culturas, sendo considerado fator limitante em áreas produtoras. No Brasil, os vírus de maior importância econômica, que infectam esses hospedeiros são Bean golden mosaic virus (BGMV) e Macroptilium yellow spot virus (MaYSV). Os begomovírus são transmitidos por um complexo de espécies crípticas de Bemisia tabaci, causando danos diretos e indiretos, limitando a produção dessa leguminosa. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar, ao nível de espécie, os Begomovirus que infectam naturalmente P. lunatus coletadas na região Nordeste e determinar a atratividade de hospedeiros e transmissão do virus utilizando Bemisia tabaci, Middle East-Asia Minor (MEAM1). Amostras foliares de P. lunatus foram coletadas nos estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco, no Nordeste do Brasil. O DNA total foi extraído e usado como molde para PCR utilizando primers específicos para BGMV e MaYSV. Para a segunda etapa do trabalho foi feito o estabelecimento de uma colônia de B. tabaci que foi utilizada nos testes de transmissão e atratividade com plantas daninhas. Para os testes de atratividade e transmissão foram utilizadas as espécies: Senna occidentalis, Macroptilium lathyroides, Hyptis suaveolens, Desmodium tortuosum, Phaseolus lunatus, Phaseolus vulgaris e Solanum lycopersicum. Couves altamente infestadas foram colocadas entre as plantas durante uma semana, a infestação foi contabilizada por meio da contagem do número ovos e adultos presentes nos folíolos, também foram registrados outros parâmetros, incluindo o crescimento da fumagina e os danos provocados nas folhas. Para o teste de transmissão, as moscas-brancas foram postas para se alimentar de uma planta de Macroptolium sp., infectada com begomovírus, por um período de 24h (período de acesso à aquisição) e, em seguida, colocadas para se alimentar em cada espécie de planta utilizada no estudo, de forma individualizada por 48h (período de acesso a inoculação). Inicialmente foi avaliada a presença de sintomas e, 30 dias após a infecção, foram coletadas amostras foliares para se fazer a extração de DNA total e confirmação por PCR com primers espécie-específicos. Para o teste de atratividade as espécies S. lycopersicum, M. lathyroides, P. lunatus e P. vulgaris foram as que apresentaram maior infestação e colonização da mosca branca. Enquanto o teste de transmissão apenas as plantas de S. lycopersicum e M. lathyroides apresentaram sintomas de infecção por begomovirus que foi comprovado através da extração de DNA e detecção por PCR. As espécies S. lycopersicum e M. lathyroides foram as que proporcionaram um melhor desenvolvimento biológico ao parasitoide e apresentaram os sintomas de infecção por begomovirus 15 dias após a infestação com a mosca branca.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1546023 - IRAILDES PEREIRA ASSUNCAO
Interno(a) - 1790557 - GILDEMBERG AMORIM LEAL JUNIOR
Interno(a) - 2149632 - SARAH JACQUELINE CAVALCANTI DA SILVA
Externo(a) ao Programa - 3283002 - MILENY DOS SANTOS DE SOUZA - UFALExterno(a) à Instituição - FREDERICO MONTEIRO FEIJÓ - UFAL