RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO-AMARELO (Passiflora edulis) À ANTRACNOSE
Resistência genética; Fitopatologia; Micologia; Passiflora; Agricultura familiar;
O gênero Passiflora (família Passifloraceae) ocorre principalmente em regiões tropicais. O Brasil é considerado o centro de diversidade mais importante do gênero e o maior produtor de maracujá. Os problemas fitossanitários limitam a expansão da lavoura e a manutenção dos cultivos em uma mesma área por um período prolongado. A antracnose é uma das doenças fúngicas que ameaçam o setor produtivo do maracujazeiro. Causada por espécies de fungos do gênero Colletotrichum spp. e na cultura do maracujá a resistência genética a melhor alternativa para o controle de doenças. No entanto, existe a necessidade de identificar a fontes de resistência e caracterizar os acessos para indicação nos cruzamentos para desenvolvimento de novas variedades. A pesquisa objetivou identificar acessos de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis) com resistência à antracnose no banco de germoplasma da EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical. Isolados de Colletotrichum spp. foram isolados de plantas com sintomas de antracnose em lavouras alagoanas e Bahianas. Os isolados foram avaliados para agressividade em maracujazeiros cultivados pelos agricultores. Quatro isolados foram inoculados em 16 acessos de maracujazeiros. Quando as plantas chegaram aos 60 dias após a germinação, apresentando de 5 a 6 folhas, foram inoculadas com disco de micélio em lesão feita com agulha esterelizada na face adaxial. A incidência da antracnose foi determinada com base no aparecimento das primeiras lesões, medindo o diâmetro da lesão, sendo feita a primeira leitura aos 2 dias após a inoculação. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), e as médias, comparadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de significância, utilizando-se do programa SISVAR. Foi aplicado questionários aos produtores de maracujá de Alagoas, visando analisar a real situação que enfrentam para produção e comercialização do maracujá. Foi possível perceber que, a agricultura familiar em Alagoas é forte e que o maracujá é um produto bem visto para a comercialização. Porém, para os produtores, precisa-se de melhorias no contexto em que vivem, como cursos de capacitação e educação no campo de qualidade. Os genótipos Gigante Amarelo e HRI30 P.A foram considerados menos susceptível e mais susceptível, respectivamente, à antracnose, levando em consideração que o Gigante Amarelo é uma variedade melhorada e lançada como resistente no mercado, sendo uma das mais usadas pelos produtores de maracujá de Alagoas.