A EDIFICAÇÃO DO MUNDO DOS HOMENS NA VIDA COTIDIANA: UMA ANÁLISE ACERCA DA CATEGORIA VIDA COTIDIANA EM G. LUKACS
A presente dissertação faz uma análise da vida cotidiana como lócus do processo de desenvolvimento do gênero humano. Nesse sentido, nossa pesquisa está ancorada no próprio ser dos homens, especialmente na sua práxis, nas objetivações das atividades produtivas e nas formas elevadas de objetivação que surgem na vida cotidiana, como por exemplo: a ciência, a arte, a ética, etc. Apresenta, consequentemente, a base material que possibilitou, e ainda permite, o processo de desenvolvimento da generidade humana, considerando-se que a constituição e a reprodução do mundo dos homens não advêm de forças divinas ou meramente da consciência dos homens iluminados ou de heróis. Mas sim, que ela é fruto da totalidade de ações humanas sobre condições historicamente determinadas. Ressalta-se, com isto, o poder transformador e revolucionário dos homens. Esta percepção só foi possível pelo reconhecimento do trabalho enquanto atividade criadora do ser social e do seu papel transformador tanto da natureza quanto do próprio homem, tendo o trabalho como modelo da práxis social. E, por fim, reafirma-se que é no cotidiano, local aparentemente trivial para outras correntes filosóficas, que os homens atuam e constroem o mundo – objetiva e subjetivamente. Para isto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica pautada na perspectiva marxista, baseando-se na ortodoxia e na leitura imanente, focando, especialmente, no pensamento do filósofo húngaro, Georg Lukács, nas suas obras: Para uma Ontologia do Ser Social e na Estética. Além disso, pesquisamos nas obras de Karl Marx, Friedrich Engels, István Mészáros, Jose Paulo Netto, Sergio Lessa e outros autores marxistas.
Ser social; Práxis; Trabalho; Generidade Humana; Vida Cotidiana.