A intrínseca relação entre o Estado, Setor Canavieiro, Dívida Pública e Mercantilização da Saúde em Alagoas
Estado; Privatização da Saúde; Crise Fiscal; Neoliberalismo; Oligarquias; Dívida pública
A pesquisa analisa a relação intrínseca entre o Estado, os setores produtivos de Alagoas, especificamente os setores canavieiro e agropecuário e a mercantilização da Saúde em Alagoas. Destaca a dinâmica do capitalismo dependente no Brasil e seu impacto no estado nordestino de Alagoas, ressaltando a exportação de commodities como cana-de-açúcar e o álcool, e o endividamento do estado e a concessão de benefícios fiscais às elites oligárquicas. Aponta que a história econômica e política de Alagoas é marcada pela ligação entre o Estado e as oligarquias financeiras internacionais e locais, e estas influenciaram profundamente a estrutura social do estado. Reflete sobre os efeitos das políticas econômicas, nas quais as oligarquias são beneficiadas, e a diminuição do papel do Estado para os trabalhadores. Evidencia que o endividamento público é resultante da política estatal desempenhada ao longo dos anos, que assegura as bases para a acumulação privada e desta forma tem afetado não apenas a economia, mas também a capacidade do Estado em responder às mazelas da questão social. Na área da Saúde, destaca o conflito entre os setores público e privado, levando à precarização dos serviços públicos e à mercantilização da saúde (na prestação de serviços e compra de insumos e materiais), evidenciada pela alocação das Emendas Parlamentares, que têm sido, muitas vezes, direcionadas às instituições que representam os interesses da classe dominante, e se acentuam nessa dinâmica como estratégia política, e fonte de acumulação de riqueza. O marco temporal da pesquisa foi de 1906 a 2022. A metodologia aplicada foi a combinação de métodos de pesquisa exploratória-descritiva e qualitativa, dada a natureza recente do tema e a limitada base teórica existente, bem como a pesquisas bibliográficas e documentais.