Banca de DEFESA: MAYRA DE QUEIROZ BARBOSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAYRA DE QUEIROZ BARBOSA
DATA : 31/03/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

TRABALHO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO: PARA UMA CRÍTICA À EDUCAÇÃO EMANCIPADORA BURGUESA


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho. Educação. Emancipação política. Emancipação humana.


PÁGINAS: 388
RESUMO:

A presente tese busca analisar os fundamentos da educação emancipadora a partir do referencial teórico marxiano-lukacsiano. O percurso do nosso exame tem como base as categorias marxianas que incidem sobre a apreensão do nosso objeto, a saber: o trabalho, como categoria fundante do mundo dos homens; o complexo social da educação; e a emancipação política e humana. Notadamente, parte-se da análise da Teoria Social de Karl Marx e a obra de Georg Lukács Para a Ontologia do Ser Social, e demais intelectuais dessa tradição, como: Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Mariano Fernández Enguita, István Mézáros, José Paulo Netto, Marcelo Braz, Sérgio Lessa, Ivo Tonet, dentre outros. Debruçamo-nos também em autores que resgatam historicamente a educação nas diferentes formações sociais, a exemplo de Lúcia Aranha, Carlota Boto, Franco Cambi, Mário Manacorda, Aníbal Ponce e Dermeval Saviani. Fundamentado nesses pressupostos metodológicos, o estudo recupera a centralidade da categoria do trabalho no interior da reprodução social, apontando que o trabalho, enquanto categoria primária que funda a sociabilidade humana, permite no interior da formação do ser social o emergir de novos complexos sociais de segunda ordem, a exemplo da educação, a qual possui uma dependência ontológica e uma autonomia relativa ante a esfera fundante. O entendimento dessa determinação permitiu-nos apontar que a gênese, a função social e a estrutura ontológica do complexo social da educação não se confundem com o ato do trabalho, o qual se conforma como categoria ontologicamente revolucionária. Neste enfoque, a tese enfatiza a importância da interação que se estabelece entre trabalho e educação com as categorias da emancipação política e humana, no sentido de apreendermos mediante as experiências políticas que perpassaram o século XVIII ao século XX e nas diferentes propostas e produções teóricas de Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat – Marquês de Condorcet; de Louis-Michel Le Peletier, de Vladimir Lenin, de Nadejda Krupskaya, de Antonio Gramsci, de Theodor Adorno e de Paulo Freire, elementos que fundamentam, contemporaneamente, a defesa e construção de uma educação para a emancipação, precisamente, a partir dos pressupostos da universalidade, da igualdade, da liberdade, da laicidade, da gratuidade e do público/estatal. Mediante a análise dessas experiências e elaborações indica-se haver uma dualidade acerca do direcionamento dado à educação emancipadora, que em nossa tese denominamos por: educação humanamente emancipadora fundada e orientada pela emancipação humana, que tem por base uma nova forma de trabalho – o trabalho associado; e uma educação politicamente emancipadora, que resguarda em seu interior elementos emancipadores, todavia, detêm na emancipação política seus limites e, portanto, no trabalho assalariado e na divisão entre trabalho manual e intelectual seus fundamentos. Respaldada na investigação ontológico marxiana-lukácsiana, nossa crítica se sustenta na seguinte defesa: a construção de uma educação emancipadora, no âmbito da ordem capitalista, tem na emancipação política burguesa sua razão de ser. Por essa condição, a construção de uma educação humanamente emancipadora requer, em termos ontológicos, a plena expressividade do complexo social da educação no interior do gênero humano. Uma educação que verdadeiramente se realize fundada na universalidade, igualdade, integralidade e liberdade em direção à formação omnilateral. Defende-se que somente sob uma nova e radical forma de sociabilidade assentada no trabalho verdadeiramente universal, livre, consciente e coletivo é que se torna possível, necessário e compatível uma educação humanamente emancipadora.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1121120 - EDLENE PIMENTEL SANTOS
Interna - 1348536 - MARIA CRISTINA SOARES PANIAGO
Interno - 2731043 - DIEGO DE OLIVEIRA SOUZA
Interna - 1121107 - MARIA NORMA ALCANTARA BRANDAO DE HOLANDA
Externo ao Programa - 2534407 - TALVANES EUGENIO MACENO
Externo à Instituição - JOSÉ DERIBALDO GOMES DOS SANTOS - UECE
Externa à Instituição - MARIA SUSANA VASCONCELOS JIMENEZ - UECE
Notícia cadastrada em: 09/03/2022 13:35
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-4.srv4inst1 03/05/2024 06:28