Banca de DEFESA: DAYSE ALVES MARQUES



Uma banca de DEFESA DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: DAYSE ALVES MARQUES
DATA: 04/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: ICBS - Sala 20
TÍTULO:

O AJUSTE OSMÓTICO E A MANUTENÇÃO DO TEOR DE CLOROFILA SÃO MECANISMOS CRUCIAIS NO ESTABELECIMENTO DE PLANTAS DE Tabebuia aurea (SILVA MANSO) BENTH. & HOOK. F. EX. S. MOORE (Bignoniaceae) EM CONDIÇÕES DE ALAGAMENTO


RESUMO:

Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. F. Ex. S. Moore (Bignoniaceae) é uma espécie arbórea que sobrevive tanto em áreas bem drenadas quanto em áreas que passam por encharcamento ou alagamento sazonal do solo, crescendo em diferentes biomas. Por ser encontrada em ambientes tão diversos, acredita-se que esta espécie tenha grande potencial de adaptação ao alagamento, ainda em seus primeiros estágios de vida, podendo ser incorporada aos programas de reflorestamento. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi responder se plantas de T. aurea em fase inicial de crescimento desenvolvem mecanismos de tolerância ao estresse oxidativo, ajustam a abertura estomática e acumulam compostos orgânicos para o ajuste osmótico, mantendo as taxas de fotossíntese e a produção de biomassa durante o alagamento. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, onde foram utilizadas 100 plantas divididas em dois tratamentos: (1) controle e (2) alagado, que permaneceram submetidas aos tratamentos por 30 dias. A cada três dias, foram realizadas as seguintes análises: quantificação de compostos osmorreguladores, potencial hídrico foliar ao meio dia, trocas gasosas, eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm) e eficiência quântica efetiva do fotossistema II (Yield) ao meio dia e índice do teor de clorofila (SPAD). Nos dias 3, 12, 21 e 30 foram determinados na antemanhã o potencial hídrico foliar e a razão Fv/Fm. A biomassa seca da planta, biometria e área foliar foram mensuradas no início e no final do experimento. As plantas de T. aurea tiveram ajuste de seu potencial osmótico com o aumento de aminoácidos, como a prolina, muito importante para a redução do potencial hídrico e aumento do turgor da célula. Além disso, a deficiência de oxigênio reduziu os teores de nitrato e protéinas, no entanto, os carboidratos não diferiram entre os tratamentos, mostrando-se assim, compostos bioquímicos menos responsivos ao alagamento durante 30 dias. Quanto aos ajustes fisiológicos, a redução da condutância estomática foi a primeira resposta ao estresse, importante mecanismo de economia hídrica. Posteriormente, verificou-se a redução da concentração interna de carbono, transpiração e fotossíntese. No entanto, o ajuste estomático foi importante para garantir uma maior eficiência no uso da água. Mesmo não apresentando diferenças drásticas para os valores de Fv/Fm, as plantas alagadas apresentaram reduções na eficiência quântica efetiva (Yield), mas mantiveram os teores de clorofila, o que foi importante para o equilíbrio do aparato fotossintético. Infere-se ainda, que a deficiência de oxigênio reduziu a maioria dos parâmetros de crescimento e biomassa, como estratégia de economia energética. Embora tenha sido verificado redução no crescimento de plantas jovens de T. aurea, as taxas de fotossíntese foram importantes para a manutenção das atividades dos indivíduos, inclusive na produção de biomassa. Isso foi possível devido a manutenção do teor de clorofilas e da baixa redução da atividade fotoquímica, mesmo em condições de baixo status hídrico, o que foi compensado pelo aumento dos teores de aminoácidos, como a prolina. Portanto, a espécie tem boa condições de sobreviver a períodos de alagamento ainda em seu estabelecimento inicial, mesmo que em taxas inferiores ao verficado em condições de aeração do solo.


PALAVRAS-CHAVE:

Alterações bioquímicas. Trocas gasosas. Alagamento.


PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Botânica

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1916144 - GILBERTO COSTA JUSTINO
Interno(a) - 2024367 - MELISSA FONTES LANDELL
Externo(a) ao Programa - 1347702 - LAURICIO ENDRES
Externo(a) à Instituição - LILIANE SANTOS DE CAMARGOS - UNESP
Notícia cadastrada em: 14/07/2020 15:02
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