Padrões e processos que regem as dimensões da diversidade de peixes estuarino-costeiros do Atlântico Ocidental
estuários, peixes, biogeografia, biodiversidade
Durante as últimas décadas, ecologistas têm direcionados seus esforços para o desenvolvimento de estudos que visam a conservação de espécies e ecossistemas. Ainda assim, vivemos uma das maiores crises da biodiversidade, com taxas de extinções elevadas e processos de degradação de habitat cada vez mais rápidos. Tal problemática resulta, em parte, da constante negligência do conceito multidimensional de biodiversidade, que engloba não apenas quais e quantas espécies residem em uma determinada área, mas também suas características fenotípicas, histórias evolutivas e variabilidade de genes. A compreensão integrada dessas diferentes dimensões, além de seus padrões e quais processos os regem, é fator determinante para o desenvolvimento de estratégias efetivas de manejo e conservação, principalmente para ambientes de alta produtividade e grande importância ecológica, tais como os ambientes estuarino-costeiros. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise integrada dos componentes distintos da diversidade de peixes estuarino-costeiros em diferentes escalas espaciais. No primeiro capítulo discutimos como a diversidade de habitats e a sazonalidade de áreas tropicais atuam de forma sinérgica para manutenção da redundância funcional de áreas costeiras. O segundo capítulo, por sua vez, avalia a importância relativa de mosaicos costeiros para diferentes partes das comunidades, identificando as relações entre variáveis abióticas e guildas ecológicas. Por fim, o terceiro capítulo, faz uma análise regional das dimensões da biodiversidade de peixes estuarinos ao longo Atlântico Ocidental, visando a compreensão de processos e padrões que regem as comunidades ictiícas e sua participação no dinâmica natural de ambientes estuarino-costeiros.