Modelagem funcional entre espécies nativas e não nativas de peixes
Rio-estuário, Diversidade funcional, espécies não nativas, Atividades antrópicas
O aumento nas atividades antrópicas pode causar vários problemas a longo prazo dentro de um ecossistema, dentre elas a introdução de espécies, principalmente na comunidade de peixes, fazendo com que os sistemas rio-estuário, que são altamente ricos, diversos e que possuem alta taxa de endemismo e alta produtividade sofram com consequências graduais. As espécies não nativas possuem características funcionais novas e/ou redundantes, podendo contribuir para modificar tanto a estrutura quanto a funcionalidade de um ecossistema, impactando os processos ecológicos e homogeneizando funcionalmente a comunidade nativa. Nos nossos resultados foi possível inferir que este impacto é diferenciado em cada um dos componentes da diversidade funcional, sendo evidenciado pelos cenários de retirada de espécies não nativas, sendo observado uma diminuição expressiva na riqueza funcional (FRic) na região da Depression e um aumento na dispersão funcional (FDis) na região Tableland, além de podermos observar que as espécies não nativas estão aparecendo na região considerada estuarina no baixo rio São Francisco (Lowland), onde mesmo sendo uma região com alta taxa de redundância funcional, o aparecimento de espécies não nativas, que apresentam características funcionais únicas, não se sabe ao certo o que essas novas características funcionais poderiam trazer como consequências para essa região.