TERRITORIALIDADES DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS FILÚS, JUSSARINHA E MARIANA LOCALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SANTANA DO MUNDAÚ/AL
O território tem passado por várias transformações e a ciência geográfica o entende como sendo uma relação de poder que politicamente materializa-se no espaço. Neste aspecto, o território é singularmente revelador das condições presentes do cotidiano, bem como da formação da identidade. Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a formação territorial, evidenciando a identidade em meio aos desafios do cotidiano das comunidades remanescentes de quilombo, Filús, Mariana e Jussarinha, que se localizam no município de Santana do Mundaú/AL. Neste trabalho privilegiamos o método qualitativo-quantitativo e exploratório. Como aporte teórico destaca-se Anjos (2014), Certeau (2009), Fanon (1968), Haesbaert (2007), Hall (2011), Lefebvre (1991), Lindoso (2011), Munanga (2012), Santos (1996), entre outros. Enquanto procedimentos metodológicos, realizamos levantamentos bibliográficos, trabalho de campo, onde foram aplicados 60 (sessenta) questionários, além de entrevistas com os representantes de cada uma das comunidades, registros fotográficos, elaboração de gráficos e tabelas. Percebemos que seus cotidianos são marcados por inúmeros desafios, entre eles, o analfabetismo, a quantidade de filhos, as condições habitacionais. Além das doenças que representam a maior dificuldade, sobretudo em Filús, por causa do albinismo. Assim como em Jussarinha, pelo seu quadro de complicações neurológicas e psiquiátricas e, por fim, em Mariana com a presença de doença de chagas. A relevância desta pesquisa consiste em um debate acerca de conceitos, com destaque para o território, cotidiano, identidade, preconceito, alienação, desalienação, dentre outros, os quais possibilitam a discussão sobre as comunidades quilombolas no contexto histórico-geográfico na atualidade.
Território; Comunidades Quilombolas; Cotidiano; Identidade