TERRITORIALIZAÇÃO DA INTERNET NA CIDADE DE LAGOA DO OURO – PERNAMBUCO
Território; Meio Técnico-Científico-Informacional, inlusão digital.
A Arpanet, primeira rede de computadores, entrou em funcionamento em 1969, e assinalou o início de uma nova era, marcada pela revolução das tecnologias da informação e comunicação. Entretanto, o Brasil só entraria nessa avançada etapa de desenvolvimento do Meio Técnico-Científico-Informacional, quase duas décadas depois através do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Inicialmente, as conexões ficaram restritas ao setor acadêmico, e somente, anos depois, seriam destinadas aos usuários domésticos e às empresas. A partir de então, esse quadro mudou consideravelmente. Atualmente, é possível constatar a expansão do acesso da população brasileira à rede mundial de computadores, não obstante as situações de desigualdades em relação ao acesso a esse objeto técnico no território nacional. À luz desse contexto, esta pesquisa tem o objetivo de analisar o processo de territorialização da internet na cidade de Lagoa do Ouro, no Agreste Meridional de Pernambuco, a partir da infraestrutura, acesso e uso entre diferentes grupos sociais. A despeito dos dados revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último censo, realizado em 2010, quando possuía 215 microcomputadores em 3.390 domicílios e somente oitenta e sete (87), conectados a internet, afora a não contabilização dos 2.130 aparelhos de telefonia celular, que então não foram levados em consideração como ferramentas de acesso, a partir da segunda metade do segundo decênio do século atual, é visível a expansão da internet em diferentes áreas da cidade. Com efeito, o advento da conexão móvel e sem fio, somado a outros fatores, fizeram os smartphones se tornarem as principais ferramentas de acesso à web, contribuindo com a expansão e popularização da internet. Em Lagoa do Ouro, as operadoras de telefonia móvel, Vivo e Claro, oferecem 100% de cobertura 3G/4G, além das empresas provedoras de internet fixa, que oferecem conexões via fibra ótica, redefinindo dessa forma, a territorialização da internet na cidade.