Própolis vermelha e guaco na analgesia cirúrgica de cadelas
A dor na rotina clínico-cirúrgica veterinária tem adquirido alta relevância na última década,
sendo extremamente importante saber identificá-la, mensurar o grau e tratá-la adequadamente.
A ovariohisterectomia (OH) é uma das cirurgias mais realizadas na clínica cirúrgica de
pequenos animais, considerada como procedimento promotor de moderada a severa dor
visceral. A mensuração da dor em animais é um desafio realizado através de avaliações de sinais
fisiológicos e comportamentais, com pesquisas constantes para desenvolvimento de escalas
avaliativas de dor. Dentre as escalas mais utilizadas cita-se: a Escala visual analógica (EVA),
Escala de dor da Universidade de Melbourne (EDUM) e Escala composta de dor de Glasgow
(ECDG). Muitos fármacos podem ser utilizados para o controle da dor pós-cirúrgica, entre eles
está o cetoprofeno, que é um dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINE’s) mais utilizados e
considerado de alta eficácia na OH de cadelas. No entanto, atualmente vem sendo estudado
fármacos fitoterápicos com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e possíveis menores
efeitos colaterais. A própolis é um produto natural de grande aceitação por suas propriedades
farmacológicas, atribuídas principalmente pela presença de flavonóides e isoflavonóides em
sua composição. O guaco, produto natural muito conhecido na cultura popular por sua ação
benéfica no sistema respiratório, apresenta em sua composição as cumarinas, principais
responsáveis por suas propriedades terapêuticas. Este trabalho reúne revisão de literatura e
pesquisa científica intitulada “Própolis vermelha e guaco na analgesia cirúrgica de cadelas”,
onde foram utilizadas 40 cadelas divididas em 4 grupos: Tratamento Controle (TC), Tratamento
Própolis (TP), Tratamento Guaco (TG) e Tratamento Própolis-guaco (TPG), com propósito de
avaliar o efeito analgésico pós-cirúrgico da própolis vermelha de Alagoas e do guaco em relação
ao cetoprofeno em cadelas submetidas a OH, os quatro tratamentos foram estatisticamente
satisfatórios, porém, considerando o menor índice de complicações e resgates analgésicos, os
TC e TPG se apresentaram mais seguros e eficazes.
alavras-chave: Ovariohisterectomia, dor, cetoprofeno, produtos naturais