Morfometria da artéria celíaca e seus ramos em caninos domésticos (Canis familiaris, Linnaeus 1758) (Mammalia: Carnivora: Canidae).
Objetivou-se com a realização desse trabalho, realizar a morfometria da artéria celíaca e de seus ramos em caninos domésticos. Para realização do presente estudo foram utilizados quatro cadáveres de canino, sendo dois animais do sexo feminino e dois do sexo masculino, ambos sem raça definida e de idades variadas, doados pela Unidade de Vigilância em Zoonose de Maceió para realização de estudos anatômicos no Laboratório de Anatomia da Universidade Federal de Alagoas. Para a fixação dos cadáveres foi infundido solução de formaldeído a 10% pela artéria carótida comum esquerda, seguida de aplicações intramusculares, subcutâneas e submersão em tanque contendo a mesma solução fixadora, por período de 48 horas. Após o tempo de fixação, os animais foram colocados em decúbito lateral esquerdo, sendo realizada laparotomia por incisão paramediana longitudinal xifo-púbica da pele com divulsão dos músculos oblíquo abdominal externo, interno e reto do abdômen até visualização da aorta abdominal e artéria celíaca. Com o paquímetro digital foi realizado a morfometria da artéria celíaca e de seus ramos. Após mensuração biométrica longitudinal do hiato aórtico até a emergência da artéria celíaca tiveram entre 12mm e 24,3mm, onde 100%(04/04) originaram-se da face ventral da a. aorta abdominal. A mensuração biométrica do animal número 1 foi de 12,60mm, número 2 de 24,30mm, ambos do sexo feminino, os animais 3 e 4 de sexo masculino tiveram como resultado 12mm e 16,96mm, respectivamente. A artéria hepática teve uma média de 16,92mm, artérias gástricas e esplênicas tiveram uma média de 19,28mm, ambos relacionados sua origem a partir da emergência da artéria celíaca. Um animal do sexo feminino 25% (01/04), apresentou uma trifurcação da a. celíaca em ramos gástrico, esplênico e hepático. Concluiu-se que a morfometria da origem dessas artérias são variadas e que corrobora com os autores citados. Entretanto a identificação da trifurcação na artéria celíaca mostra que mesmo identificada é pouco relatada dificultando assim uma maior disseminação dessa informação e de mostra outras possíveis variações arteriais. Sendo necessários mais estudos para maior mensuração e precisão dessas variações morfométricas.
gastroenterologia, medicina interna, angiologia, clínica cirúrgica.